BRASIL
CORONAVÍRUS
OPINIÃO
DIÁRIO DO CORONAVÍRUS EM 06/04/2020
Decorridos 39 dias oficiais de Covid19 no Brasil, temos hoje, 06/04/2020, a seguinte fotografia:
INDICADOR | BRASIL | CHINA | EUA | ESPANHA | ITÁLIA | MUNDO |
ÓBITOS | 487 | 3.331 | 9.620 | 13.055 | 15.887 | 70.172 |
VARIAÇÃO DIÁRIA % | 9,4% | 0,1% | 13,8% | 9,3% | 3,4% | 8,0% |
TAXA DE LETALIDADE | 2,1 | 2,4 | 29,1 | 261,1 | 264,8 | 9,1 |
Os indicadores relacionados no quadro possuem as seguintes unidades:
Óbitos: Número absoluto
Variação diária: Variação percentual entre o número total de óbitos registrados até ontem e até hoje
Taxa de letalidade: óbito/milhão de habitantes
De ontem para hoje, com exceção da Espanha, todos os países acima avaliados reduziram o crescimento do número de óbitos. O sensacionalismo perde a fonte e, compulsoriamente, tende a esmorecer.
Hoje, trigésimo nono dia, a taxa de letalidade do Covid19, no Brasil, se mantém inexpressiva, mantendo-se em 2 óbitos por milhão de habitantes.
Iniciamos a semana com o pé direito, pela desaceleração no crescimento dos óbitos, mas com péssimas perspectivas para a economia e, consequentemente, para o emprego. Prenuncia-se colher desastroso efeito colateral do lockdown horizontal. Como resultado, as exportações nacionais do primeiro trimestre revelam demanda internacional com tendência restritiva, provocando queda em diversos setores como de 15% para couro, 12% para calçado, 15% para automóveis, todas em relação ao mesmo período de 2019.
A insensata restrição ao comércio e o confisco do trabalho de pessoas com baixíssimo risco encolheram o consumo e repercutem negativamente em diversos setores produtivos.
Como consequência, férias coletivas para a indústria automotiva, consumidor preocupado com ameaça de desemprego, adiamento dos lançamentos imobiliários, suspensão de obras de infraestrutura, etc., reduzem a demanda por produtos siderúrgicos e produzem trágico fruto para os produtores de aço.
Enquanto Usiminas, ArcellorMittal e Gerdau iniciam abafamento de seus alto-fornos, com respectiva reduções nas operações de suas aciarias e laminações, CSN planeja reduzir sua produção e as ações de todas despencam na Bolsa de Valores: Usiminas (-11%), CSN (-9,5%) e Gerdau (-7%).
Tudo isso culmina em desemprego.
Esse triste panorama está sendo forjado à luz do sol, por inescrupulosas e demagógicas decisões estaduais e municipais.
A lógica é simples, viciada e injusta.
Entes federativos decidem, o país para, economia se desequilibra, empresas vão a falência, população perde o emprego e União (sociedade) paga a conta.