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DIÁRIO DO CORONAVÍRUS: segunda-FEIRA, 06/04

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BRASIL

CORONAVÍRUS

OPINIÃO

DIÁRIO DO CORONAVÍRUS EM 06/04/2020

Decorridos 39 dias oficiais de Covid19 no Brasil, temos hoje, 06/04/2020, a seguinte fotografia:


INDICADORBRASILCHINAEUAESPANHAITÁLIAMUNDO
ÓBITOS4873.3319.62013.05515.88770.172
VARIAÇÃO DIÁRIA %9,4%0,1%13,8%9,3%3,4%8,0%
TAXA DE LETALIDADE2,12,429,1261,1264,89,1
Fonte: covidvisualizer.com

Os indicadores relacionados no quadro possuem as seguintes unidades:

Óbitos: Número absoluto

Variação diária: Variação percentual entre o número total de óbitos registrados até ontem e até hoje

Taxa de letalidade: óbito/milhão de habitantes


De ontem para hoje, com exceção da Espanha, todos os países acima avaliados reduziram o crescimento do número de óbitos. O sensacionalismo perde a fonte e, compulsoriamente, tende a esmorecer.

Hoje, trigésimo nono dia, a taxa de letalidade do Covid19, no Brasil, se mantém inexpressiva, mantendo-se em 2 óbitos por milhão de habitantes.

Iniciamos a semana com o pé direito, pela desaceleração no crescimento dos óbitos, mas com péssimas perspectivas para a economia e, consequentemente, para o emprego. Prenuncia-se colher desastroso efeito colateral do lockdown horizontal. Como resultado, as exportações nacionais do primeiro trimestre revelam demanda internacional com tendência restritiva, provocando queda em diversos setores como de 15% para couro, 12% para calçado, 15% para automóveis, todas em relação ao mesmo período de 2019.

A insensata restrição ao comércio e o confisco do trabalho de pessoas com baixíssimo risco encolheram o consumo e repercutem negativamente em diversos setores produtivos. 

Como consequência, férias coletivas para a indústria automotiva, consumidor preocupado com ameaça de desemprego, adiamento dos lançamentos imobiliários, suspensão de obras de infraestrutura, etc., reduzem a demanda por produtos siderúrgicos e produzem trágico fruto para os produtores de aço. 

Enquanto Usiminas, ArcellorMittal e Gerdau iniciam abafamento de seus alto-fornos, com respectiva reduções nas operações de suas aciarias e laminações, CSN planeja reduzir sua produção e as ações de todas despencam na Bolsa de Valores: Usiminas (-11%), CSN (-9,5%) e Gerdau (-7%). 

Tudo isso culmina em desemprego.

Esse triste panorama está sendo forjado à luz do sol, por inescrupulosas e demagógicas decisões estaduais e municipais.

A lógica é simples, viciada e injusta. 

Entes federativos decidem, o país para, economia se desequilibra, empresas vão a falência, população perde o emprego e União (sociedade) paga a conta.



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