BRASIL

DIÁRIO DO

Decorridos 71 dias oficiais de Covid-19 no Brasil, temos hoje, 08/05/2020, a seguinte fotografia:

Os indicadores relacionados no quadro possuem as seguintes unidades:

Óbitos: Número absoluto

Variação diária: Variação percentual entre o número total de óbitos registrados até ontem e até hoje

Taxa de letalidade: óbito/milhão de habitantes

Hoje, septuagésimo primeiro dia, a taxa de letalidade do Covid-19, no Brasil, ultrapassou os 40 óbitos por milhão de habitantes, acima da taxa de 35 registrada no mundo.

Variações diárias no número de óbitos continuam baixas, sendo que somente o Brasil mantém alterações na faixa dos 7%.

São Paulo ontem alcançou 3.206 óbitos (35% do Brasil), seguido do Rio de Janeiro com 1.394 (15%), Ceará com 903 (10%), Pernambuco com 845 (9%) e Amazonas com 806 (9%).

Os cinco estados acima mencionados continuam respondendo por 78% dos óbitos ocorridos por Covid-19 no Brasil.

Considerando que a queda do número de óbitos tornou-se uma constante no Brasil, Revista Diária entende que uma divulgação da evolução mais detalhada dos óbitos no país contribui para uma visão mais abrangente e um entendimento mais claro sobre as bases dessa evolução.

Essa avaliação mostra heterogeneidade das diversas regiões e, dentro das regiões, especificidades díspares entre os estados.

EVOLUÇÃO DOS ÓBITOS ACUMULADOS POR REGIÃO DO BRASIL

 ATÉ 06/05/2020

Duas regiões (sudeste e nordeste) devem concentrar o foco das atenções administrativas e executivas do Ministério da Saúde. O gráfico acima expõe com muita clareza essa necessidade.

Olhando para essas duas regiões, vemos, no Sudeste, os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro com inclinações íngremes em suas curvas, revelando comportamento atípico em relação aos outros estados da região.

O Ministério da Saúde, ao focar suas ações nessa região, deve priorizar esses dois estados.

EVOLUÇÃO DOS ÓBITOS ACUMULADOS NA REGIÃO SUDESTE

 ATÉ 06/05/2020

Na região nordeste, Ceará e Pernambuco se sobressaem na perda de vidas, por conta do Covid-19. Comportamento também atípico para a região, mas é preciso considerar a diferença de escala (eixo das ordenadas) com a região sudeste.

EVOLUÇÃO DOS ÓBITOS ACUMULADOS NA REGIÃO NORDESTE

 ATÉ 06/05/2020

Esses dois estados, por sua vez, deveriam ter apoio mais efetivo da União.

Atuação eficiente no Sudeste e no Nordeste, produzirá efeitos benéficos em 68% dos óbitos ocorridos no Brasil.

A região Norte, apresenta os estados do Amazonas e de Rondônia com atipicidade em relação aos outros estados da região, porém é preciso também considerar a diferença de escala (eixo das ordenadas) com a região sudeste.

EVOLUÇÃO DOS ÓBITOS ACUMULADOS NA REGIÃO NORTE

 ATÉ 06/05/2020

Mesmo assim, ambos os estados devem ter um apoio mais efetivo da União.

Regiões Centro-Oeste e Sul apresentam controle mais eficiente do vírus, com algumas discrepâncias de Goiás e Distrito Federal no Centro-Oeste, enquanto há similaridade de comportamento na região Sul.

EVOLUÇÃO DOS ÓBITOS ACUMULADOS NA REGIÃO CENTRO-OESTE

 ATÉ 06/05/2020

EVOLUÇÃO DOS ÓBITOS ACUMULADOS NA REGIÃO SUL

 ATÉ 06/05/2020

Ambas as regiões não demandam atenção especial da União, por conseguirem tratar o combate ao vírus com a competência expressa nos resultados.

Todos os outros estados que não Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará, Pernambuco e Maranhão, deveriam promover flexibilização de seus isolamentos, em benefício do controle emocional do cidadão e do retorno à normalidade econômica.

A Revista Diária entende que o modelo atual de apoio aos Estados e Municípios não tem produzido resultados pela ausência de governança.

Limitar a União ao repasse de recursos não tem gerado qualquer eficiência e, em estado de calamidade pública, ainda facilita corrupção (por exemplo, ex-secretário de saúde do estado do Rio de Janeiro foi preso ontem pela Polícia Federal).

O financiador precisa de garantias e de controle.

Análises de infectologistas e epidemiologistas, além do excelente artigo de Johan Glesecke, “The invisible pandemic”, explicam isolamento como postergador da contaminação, sem evitá-la (comprovado em Nova Iorque).

Projeta-se que ao fim do isolamento, contaminações voltarão a ocorrer.

Conclui-se, então, que isolamento não protege como é vendido, não reduz a letalidade e ainda trava a economia.

A eficácia do combate ao vírus não está em parar a contaminação, por inútil, mas oferecer excelente cuidado hospitalar (Johan Glesecke).

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CORONAVÍRUS: GRUPOS DE RISCO

Pessoas acima de 60 anos se enquadram no grupo de risco, mesmo que não tenham nenhum problema de saúde associado. Além disso, pessoas de qualquer idade que tenham comorbidades, como cardiopatia, diabetes, pneumopatia, doença neurológica ou renal, imunodepressão, obesidade, asma, entre outras, também precisam redobrar os cuidados nas medidas de prevenção ao coronavírus.

CONTINUE A SE PROTEGER PARA EVITAR A PROPAGAÇÃO DA DOENÇA

 Lavar as mãos frequentemente por no mínimo 20 segundos com água e sabão ou higienizá-las com álcool em gel – Cobrir o nariz e a boca com um lenço ou o cotovelo ao tossir/espirrar – Evitar contato próximo (mínimo um metro de distância) com pessoas, mesmo saudáveis. Ao sair, leve luvas e máscaras descartáveis. Use-as. 

O VÍRUS NÃO TEM PARTIDO POLÍTICO.

CORONAVÍRUS: Atualmente não há uma vacina para prevenir o Coronavírus (COVID-19).