BRASIL

DIÁRIO DO CORONAVÍRUS

Decorridos 78 dias oficiais de Covid-19 no Brasil, temos hoje, 15/05/2020, a seguinte fotografia:

Os indicadores relacionados no quadro possuem as seguintes unidades:

Óbitos: Número absoluto

Variação diária: Variação percentual entre o número total de óbitos registrados até ontem e até hoje

Taxa de letalidade: óbito/milhão de habitantes

Hoje, septuagésimo oitavo dia, a taxa de letalidade do Covid-19, no Brasil, ultrapassou os 62 óbitos por milhão de habitantes, enquanto a taxa mundial ultrapassou os 39 óbitos por milhão de habitantes.

Variações diárias no número de óbitos continuam baixas, sendo que a variação brasileira se manteve ao redor de 6%.

São Paulo ontem alcançou 4.315 óbitos (31% do Brasil), seguido do Rio de Janeiro com 2.247 (16%), Ceará com 1.413 (10%), Pernambuco com 1.298 (9%) e Amazonas com 1.235 (9%).

Dos 13.999 óbitos registrados no Brasil, os cinco estados acima mencionados participam com 10.508 óbitos, representando 75% do total.

Dos 13.999 óbitos, os outros 21 estados, mais o Distrito Federal, participam com 3.491 óbitos.

Cenários diferentes exigem tratamentos diferentes.

O Brasil continua eficiente na recuperação. Das 202.918 pessoas contaminadas, 79.479 (39,2%) foram curadas e 109.446 (53,9%) estão em acompanhamento, sem risco de morte, consolidando 93,1% de recuperados no país.

Essa performance não deixa dúvida sobre a baixa letalidade do Covid-19.

Avaliação da evolução dos óbitos mostra o Brasil ultrapassando a Alemanha e com uma inclinação na curva que fornece a falsa impressão de que se aproxima do grupo europeu fortemente atingido pelo virus.

ÓBITOS CONFIRMADOS E ACUMULADOS POR COVID-19

Essa falsa impressão se desfaz, quando comparamos as taxas de letalidade do vírus nesses países.

A taxa de letalidade do vírus no Brasil é das menores do mundo e para alcançar a taxa de letalidade da Espanha, por exemplo, o Brasil precisa multiplicar seus óbitos por 10.

TAXA DE LETALIDADE DE PAÍSES SELECIONADOS

Com taxa de letalidade 50% superior a brasileira, a Alemanha iniciou a flexibilização de seu isolamento e reiniciará amanhã seu campeonato de futebol.

Avaliando o crescimento do número de óbitos no Brasil pelos registros de óbitos nos cartórios, no primeiro quadrimestre, verificam-se relevantes aumentos de 2017 para 2018 e de 2018 para 2019, enquanto o de 2019 para 2020 foi irrelevante (3%).

Surgimento do Coronavirus, no início de 2020, não impactou os óbitos no país.

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ÓBITOS TOTAIS NO BRASIL

PRIMEIRO QUADRIMESTRE

Mais um resultado que confirma a baixa letalidade do Covid-19.

Considerando que o quadro geral não vem indicando impacto relevante do Covid-19 no número de óbitos e que a comparação da taxa de letalidade coloca o Brasil em posição confortavelmente inferior com relação a outros países, análise sobre as particularidades de cada região, contribui para definir a melhor estratégia de combate ao virus.

TAXA DE LETALIDADE EM CADA ESTADO POR MILHÃO DE HABITANTES I

O gráfico acima, com os estados da federação mais impactados pelo vírus, revela ineficiência nas ações implementadas pelos estados compreendidos (no gráfico) entre Amazonas e Roraima. Esses onze estados não têm sido capazes de enfrentar o vírus e carecem de robusto apoio da União.

Sem governança, esse apoio tem se mostrado uma temeridade.

O segundo gráfico abaixo apresenta, somado ao estado da Paraíba, um total de dezesseis estados cujas performances permitem imediata flexibilização no isolamento.

TAXA DE LETALIDADE EM CADA ESTADO POR MILHÃO DE HABITANTES II

Fonte: Ministério da Saúde, IBGE, arte Revista Diária

Não faz qualquer sentido, radicalizar no isolamento de estados com baixíssimos índices de letalidade.

Goiás, por exemplo, para alcançar a taxa de letalidade do Amazonas precisaria multiplicar seus óbitos por 32, o que convenhamos é mais do que improvável.

Enquanto o cenário epidemiológico se apresenta sob controle na grande maioria dos estados brasileiros, o quadro econômico se deteriora diariamente pelo exagero das medidas restritivas implantadas por gestores públicos.

Países com taxa de letalidade acima da brasileira estão flexibilizando seus isolamentos e o Brasil precisa iniciar sua retomada produtiva. O dano está consumado, muito do qual desnecessário, e o limite para o ponto de inflexão chegou.

Sob protocolos sanitários definidos pelo Ministério da Saúde, o país precisa retomar sua agenda econômica.

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CORONAVÍRUS: GRUPOS DE RISCO

Pessoas acima de 60 anos se enquadram no grupo de risco, mesmo que não tenham nenhum problema de saúde associado. Além disso, pessoas de qualquer idade que tenham comorbidades, como cardiopatia, diabetes, pneumopatia, doença neurológica ou renal, imunodepressão, obesidade, asma, entre outras, também precisam redobrar os cuidados nas medidas de prevenção ao coronavírus.

CONTINUE A SE PROTEGER PARA EVITAR A PROPAGAÇÃO DA DOENÇA

 Lavar as mãos frequentemente por no mínimo 20 segundos com água e sabão ou higienizá-las com álcool em gel – Cobrir o nariz e a boca com um lenço ou o cotovelo ao tossir/espirrar – Evitar contato próximo (mínimo um metro de distância) com pessoas, mesmo saudáveis. Ao sair, leve luvas e máscaras descartáveis. Use-as. 

O VÍRUS NÃO TEM PARTIDO POLÍTICO.

CORONAVÍRUS: Atualmente não há uma vacina para prevenir o Coronavírus (COVID-19).