BRASIL
DIÁRIO DO CORONAVÍRUS
Decorridos 75 dias oficiais de Covid-19 no Brasil, temos hoje, 12/05/2020, a seguinte fotografia:
INDICADOR | BRASIL | CHINA | EUA | ESPANHA | ITÁLIA | MUNDO |
ÓBITOS | 11.653 | 4.633 | 81.795 | 26.744 | 30.739 | 287.613 |
VARIAÇÃO DIÁRIA % | 4,8% | 0,0% | 1,2% | 0,5% | 0,6% | 1,2% |
TAXA DE LETALIDADE | 51,8 | 3,3 | 244,2 | 534,9 | 512,3 | 37,4 |
Os indicadores relacionados no quadro possuem as seguintes unidades:
Óbitos: Número absoluto
Variação diária: Variação percentual entre o número total de óbitos registrados até ontem e até hoje
Taxa de letalidade: óbito/milhão de habitantes
Hoje, septuagésimo quinto dia, a taxa de letalidade do Covid-19, no Brasil, se aproximou dos 51 óbitos por milhão de habitantes, enquanto a taxa mundial ultrapassou os 37 óbitos por milhão de habitantes.
Variações diárias no número de óbitos continuam baixas, sendo que a variação brasileira se manteve ao redor de 4%.
São Paulo ontem alcançou 3.743 óbitos (32% do Brasil), seguido do Rio de Janeiro com 1.770 (15%), Ceará com 1.189 (10%), Pernambuco com 1.087 (9%) e Amazonas com 1.035 (9%).
Dos 11.653 óbitos registrados no Brasil, os cinco estados acima mencionados participam com 8.824 óbitos, representando 75% do total.
Dos 11.653 óbitos, os outros 21 estados, mais o Distrito Federal, participam com 2.829 óbitos.
Cenários diferentes exigem tratamentos diferentes.
O Brasil mostra eficiência na recuperação, pois está com 168.331 pessoas contaminadas, das quais 67.384 (40,0%) foram curadas e 89.429 (53,1%) estão em acompanhamento, sem risco de morte, consolidando 93,1% de recuperados no país.
Esse resultado confirma a baixa letalidade do Covid-19.
Novo gráfico divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que os óbitos por Covid-19 têm crescido por espasmos e seu último conjunto apresenta queda, no que aparenta ser o pico do surto.
Entre países com cenários críticos e nem tão críticos, os efeitos do vírus no Brasil se mantém na parte inferior do gráfico, registrando atuação de menor intensidade.
EVOLUÇÃO DE ÓBITOS POR COVID-19 EM PAÍSES SELECIONADOS
Números absolutos, porém, não favorecem avaliação comparativa.
Ao relacionar os óbitos ocorridos nos países considerados no gráfico acima, com as respectivas populações, possibilita-se a comparação.
TAXA DE LETALIDADE EM PAÍSES SELECIONADOS
PAÍS | TAXA DE LETALIDADE ÓBITOS/MILHÃO DE HABITANTES |
REINO UNIDO | 455,5 |
ITÁLIA | 512,3 |
ESPANHA | 534,9 |
EUA | 244,2 |
ALEMANHA | 90,7 |
FRANÇA | 397,6 |
SUÉCIA | 325,6 |
BRASIL | 51,8 |
A taxa de letalidade do vírus é normalmente baixa e, no Brasil, é ainda inferior as apresentadas pelos países em avaliação.
Todo gestor decide sobre avaliação numérica, evitando, sempre que possível, impactos emocionais.
Portanto, não são insensíveis o acompanhamento e a análise da evolução numérica dos fatos.
Mesmo porque, são os números que, inconvenientemente utilizados, estão aterrorizando a população.
É normal que a população não acompanhe os óbitos ocorridos mensalmente em seu município ou no país. Em ocasiões como essa, é inexplicável que os óbitos do Covid-19 não sejam contextualizados.
No mês de abril de 2020, por exemplo, o perfil dos óbitos no Brasil disponibilizado pelo Ministério da Saúde mostra:
CAUSA MORTIS | Nº DE ÓBITOS |
Câncer | 17.833 |
Doenças cérebro-vasculares | 8.145 |
Infarto | 7.426 |
Pneumonia | 6.576 |
Covid-19 | 6.253 |
Doenças do aparelho digestivo | 5.510 |
Homicídios | 5.246 |
que Covid-19 foi a quinta causa de óbitos.
Câncer matou quase três vezes mais do que o vírus. Estamos diante de uma doença que, decididamente, não faz por merecer o exacerbado protagonismo do noticiário.
É preciso lembrar que as autoridades médicas se manifestam sempre pelo alto poder de contágio e, principalmente, pela baixa letalidade do vírus. Essa sua característica não deveria ser novidade.
Revista Diária vem defendendo, desde o início, que o isolamento só posterga a contaminação e que o combate ao vírus deve ser pela capacitação hospitalar.
Obviamente que grupos de risco precisam de isolamento, o cotidiano necessita temporariamente de protocolos para otimizar a utilização hospitalar e a economia não precisa ser travada.
Com objetivo de adequar a capacidade hospitalar instalada, a União transferiu os seguintes recursos para Estados e Municípios:
DESTINO | ROTINA (R$ Bilhão) | COVID-19 (R$ Bilhão) |
Estados | 7,9 | 2,1 |
Capitais | 6,1 | 1,0 |
Municípios | 1,8 | 2,2 |
Total Brasil | 32,9 | 5,3 |
Agregando R$ 3,3 bilhões de emendas parlamentares, o total recebido pelos entes federativos alcança R$ 41 bilhões.
CONSIDERANDO QUE:
– o vírus é de alto contágio e baixa letalidade;
– essas características estão se reproduzindo no Brasil;
– a resposta brasileira mostra controle sobre o vírus (baixa letalidade e elevada taxa de recuperação)
– o vírus não tem poder de competição com outras doenças;
– a capacitação hospitalar define os limites da gravidade da atuação do vírus;
– recursos foram disponibilizados para garantir a necessária capacitação hospitalar;
– a equipe instalada no Ministério da Saúde encontrou o caminho científico e de gestão para combater o vírus,
O PAÍS ENCONTROU A TRILHA PARA O CONTROLE DO VÍRUS
Sem desvios dos recursos disponibilizados, a normalidade geral está no radar.
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CORONAVÍRUS: GRUPOS DE RISCO
Pessoas acima de 60 anos se enquadram no grupo de risco, mesmo que não tenham nenhum problema de saúde associado. Além disso, pessoas de qualquer idade que tenham comorbidades, como cardiopatia, diabetes, pneumopatia, doença neurológica ou renal, imunodepressão, obesidade, asma, entre outras, também precisam redobrar os cuidados nas medidas de prevenção ao coronavírus.
CONTINUE A SE PROTEGER PARA EVITAR A PROPAGAÇÃO DA DOENÇA
Lavar as mãos frequentemente por no mínimo 20 segundos com água e sabão ou higienizá-las com álcool em gel – Cobrir o nariz e a boca com um lenço ou o cotovelo ao tossir/espirrar – Evitar contato próximo (mínimo um metro de distância) com pessoas, mesmo saudáveis. Ao sair, leve luvas e máscaras descartáveis. Use-as.
O VÍRUS NÃO TEM PARTIDO POLÍTICO.
CORONAVÍRUS: Atualmente não há uma vacina para prevenir o Coronavírus (COVID-19).