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DIÁRIO DO CORONAVÍRUS: TERÇA-FEIRA, 14/04

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BRASIL

OPINIÃO

DIÁRIO DO CORONAVÍRUS EM 14/04/2020

Decorridos 47 dias oficiais de Covid-19 no Brasil, temos hoje, 14/04/2020, a seguinte fotografia:

INDICADORBRASILCHINAEUAESPANHAITÁLIAMUNDO
ÓBITOS1.3613.34123.71118.05620.465121.793
VARIAÇÃO DIÁRIA %10,6%0,0%7,2%3,2%2,8%5,9%
TAXA DE LETALIDADE6,02,470,8361,1341,115,8
Fonte: covidvisualizer.com

Os indicadores relacionados no quadro possuem as seguintes unidades:

Óbitos: Número absoluto

Variação diária: Variação percentual entre o número total de óbitos registrados até ontem e até hoje

Taxa de letalidade: óbito/milhão de habitantes


Hoje, quadragésimo sétimo dia, a taxa de letalidade do Covid-19, no Brasil, chega aos seis óbitos por milhão de habitantes, enquanto no mundo se aproxima de 16 óbitos por milhão de habitantes. Diariamente esses índices vêm repetindo as mesmas tendências, sem qualquer sobressalto ou inflexão. Da mesma forma as taxas de letalidade desaceleram ou não ganham aceleração relevante.

O Estado com maior número de óbitos é São Paulo com 608 (45%), seguido do Rio de Janeiro com 188 (14%) e Pernambuco com 102 (7%).

A divergência entre o Ministério da Saúde e a Presidência da República sobre o modelo de lockdown a ser adotado pelo país está confundindo a população e reduzindo as chances de êxito do programa. Há uma discrepância considerável entre as duas posições, totalmente preenchida pelo desastre econômico nacional. Estamos diante de uma epidemia cujo tratamento pode resultar em forte ou fraco revés econômico. Se o Brasil conseguir equacionar a recuperação da economia com celeridade, ganhará significativa vantagem comparativa. Se não o fizer, a recessão se agravará.

Governo precisa se decidir.

Com recessão em curso, o debate se estabelece sobre a dimensão do prejuízo. Banco Central, pelo Boletim Focus, sugere retração de 1,96% do PIB brasileiro de 2020. Ministro Paulo Guedes já se manifestou por 4% de queda no PIB, enquanto Banco Mundial aposta em 5% e FMI em 5,3%. Quanto mais lenta for a resposta, mais sinistros o controle do vírus vai causar.

Opção do governo precisa ser aplicada.

Câmara dos Deputados insistiu e aprovou, ontem, projeto para socorrer Estados e Municípios.

Pelo projeto, a União compensará as perdas de ICMS dos Estados e de ISS dos Municípios durante seis meses, ao custo de R$ 80 bilhões.

Mais uma vez, equívocos e ilegalidades realizadas por gestores públicos serão quitadas pelo consumidor nacional.

Além disso, a danosa dispensa de licitação já promoveu a esperada disparada de preços.

Oportunidades como essa não podem ser desperdiçadas e Estado do Tocantins, por exemplo, com somente 26 casos registrados e nenhum óbito, decretou hoje estado de calamidade pública e, com agilidade costumeira, começa a utilizar a dispensa de licitação.

Algumas inusitadas ações ganham celeridade nessa época de excepcionalidades. Dívidas anteriores, de quase R$ 750 milhões, foram pagas pelo governo do Amazonas com recursos recebidos da União, em detrimento da aquisição de respiradores, por exemplo. No lugar de comprar 15 mil respiradores (considerando a preço elevado), o Estado do Amazonas optou por receber 15 respiradores do Ministério da Saúde, segundo denuncia Claudio Humberto.

Ações como essa dão razão ao General Charles De Gaulle.



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