Decorridos 101 dias oficiais de Covid-19 no Brasil, temos hoje, 07/06/2020, a seguinte fotografia:
INDICADOR | BRASIL | CHINA | EUA | ESPANHA | ITÁLIA | MUNDO |
ÓBITOS | 36.044 | 4.634 | 112.096 | 27.135 | 33.846 | 402.650 |
VARIAÇÃO DIÁRIA % | 2,8% | 0,0% | 0,6% | 0,0% | 0,2% | 1,0% |
TAXA DE MORTALIDADE | 160,2 | 3,3 | 334,6 | 542,7 | 564,1 | 52,3 |
Os indicadores relacionados no quadro possuem as seguintes unidades:
Óbitos: Número absoluto
Variação diária: Variação percentual entre o número total de óbitos registrados até ontem e até hoje
Taxa de mortalidade: óbito/milhão de habitantes
Hoje, centésimo primeiro dia, a taxa de mortalidade do Covid-19, no Brasil, ultrapassou os 160 óbitos por milhão de habitantes, enquanto a taxa mundial ultrapassou os 52 óbitos por milhão de habitantes.
Variações diárias no número de óbitos continuam oscilando em faixa estreita (0% e 1,0%), sendo que a variação brasileira acompanhou a tendência geral e se manteve em 3%.
Os indicadores da atuação do Covid-19 continuam revelando impacto mais brando no território nacional, quando comparado com grupo de países de compatível densidade demográfica.
COMPARAÇÃO ENTRE BRASIL E GRUPO DE PAÍSES – 07/06/2020
PAÍS | POPULAÇÃO (Milhões) | ÓBITOS |
França | 66 | 29.142 |
Itália | 60 | 33.846 |
Bélgica | 11 | 9.595 |
Reino Unido | 67 | 40.465 |
Suécia | 10 | 4.656 |
TOTAL | 214 | 117.704 |
BRASIL | 211 | 36.044 |
França, Itália, Bélgica, Reino Unido e Suécia, juntos, possuem número de habitantes semelhante ao brasileiro, porém número de óbitos três vezes maior. Brasil ultrapassar França, Itália ou Reino Unido, em número de óbitos, nada significa.
Essa discrepância será ainda maior, se for confirmada a supernotificação nos óbitos brasileiros.
Decididamente, Covid-19 no Brasil, não é o que a imprensa divulga.
Outro tipo de discrepância vem ocorrendo desde o início e, com a nova metodologia do Ministério da Saúde, começa a ser percebido.
ÓBITOS DIÁRIOS POR REGIÃO DO BRASIL – 06/06/2020
REGIÃO | POPULAÇÃO (Milhões) | ÓBITOS |
Norte | 19 | 149 |
Nordeste | 56 | 285 |
Sudeste | 88 | 432 |
Centro-Oeste | 17 | 19 |
Sul | 31 | 19 |
TOTAL | 211 | 904 |
Os números de óbitos das regiões Norte, Nordeste e Sudeste parecem muito exagerados para as performances obtidas nas regiões Centro-Oeste e Sul, mesmo se considerarmos as particularidades de cada região e as densidades demográficas. Não faz sentido tamanha diferença.
Fica evidente o desnível conceitual, de capacitação e de qualidade entre as gestões públicas do país, o que sugere às administrações das regiões Norte, Nordeste e Sudeste que conheçam, entendam e apliquem as práticas utilizadas pelas regiões Centro-Oeste e Sul.
Outro indicador questionável é o número de óbitos diários que agrega óbitos anteriores, distorcendo a real dimensão do evento e assustando desnecessariamente a população.
904 óbitos diários no Brasil, como informado ontem, não correspondem a realidade.
ALGUNS ACONTECIMENTOS PRECISAM SER MAIS BEM EXPLICADOS:
– STF transformando Executivo em mero repassador de recursos;
– uso político do Covid-19;
– explosão injustificável de óbitos nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste;
– Estados e Municípios disponibilizando óbitos diários agregados.
Notícia boa vem do Ministério da Saúde, sinalizando reorganização no acompanhamento do combate ao vírus e fim dos atestados de óbitos com “suspeita” de Covid-19, o que aproximará indicadores da realidade.
A expectativa é que tenhamos, em breve, visão real do impacto do vírus no Brasil.
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