- PUBLICIDADE -

BRASÍLIA TEM UMA COMUNIDADE COM 300 CENTENÁRIOS

- PUBLICIDADE -

Muita história para contar: Brasília tem uma comunidade de 300 centenários

No Distrito Federal, existem 300 pessoas com 100 anos ou mais. Conheça um pouco da vida de Lourenço Tolentino e de Percival Machado, moradores ilustres da capital do país.

Somente no Distrito Federal, há uma comunidade de 300 centenários, composta por 77 homens e 223 mulheres, de acordo com o IBGE. O Correio conheceu Percival Machado, natural de Palmeira das Missões (RS), que completou 100 anos na última quarta-feira, e Lourenço Tolentino da Silva, nascido em Unaí (MG), prestes a completar o 100º ano de vida em agosto.

A questão da longevidade

O envelhecimento populacional se trata de um fenômeno atual e inescapável. Entretanto, à medida que a população de idosos aumenta mundialmente, as demandas e direitos dessa população passam a ser responsabilidade, também, dos mais jovens. “Envelhecer não é sinônimo de doença“, ressalta Isabela Oliveira, gerontóloga e secretária-adjunta da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). “A questão é que temos um número maior de idosos do que jovens, e as cidades têm que manter espaços de contato social para os mais velhos, dentro e fora de casa.”

Para a especialista, é essencial pensar na longevidade como uma questão coletiva. “Uma das queixas recorrentes dos idosos é que eles se sentem invisíveis. Mesmo quando tem independência, eles não têm suas limitações respeitadas, relata. Nesse sentido, o Estatuto do Idoso reforça a necessidade de um respeito integral ao ser humano em todas as fases de existência. Para além das condições de saúde, como alimentação e atividade física, o comprometimento com vínculos saudáveis, que trazem positividade e resiliência, são fatores que contribuem para a qualidade de vida no envelhecimento“, destaca.

Entre 1959 e 1963, durante o mandato de José Luiz Adjuto Filho, prefeito do município de Unaí, Juscelino Kubitschek conheceu Lourenço Tolentino, um fazendeiro e comerciante nascido naquela região mineira. Por mais que não se lembre da data exata do encontro, seu Lourenço, aos 99 anos, recorda-se do momento em que o então presidente da República o convidou para morar na nova capital do país.

A proposta instigou Lourenço, que decidiu levar, na época, os filhos para estudar na cidade recém-erguida. Quando se mudaram, ele comprou uma casa em Taguatinga Sul — a esposa, Nair Barbosa de Brito, morreu aos 87 anos, em 2016.

Personagem conhecida

Eu não escuto muito bem, principalmente quando é para pagar a conta“, provoca Percival Machado aos familiares, que não escondem o riso diante das piadas do idoso centenário. Ele confessou à reportagem que tinha muito receio, em sua juventude, de ficar idoso. “Normalmente, em uma idade desta, a pessoa está dependendo só dos familiares, porque não consegue fazer mais nada. Mas eu ainda penso em fazer negócios!“, comenta, animado.

 

Percival Machado completou 100 anos na última quarta-feira e se mostra animado com a festa do próximo aniversário. Foto: Carlos Vieira/CB/D.A Press)

Nascido em Palmeira das Missões, Percival mostra, orgulhoso, a foto de quando desfilou, em um distante 7 de Setembro, com a colheitadeira automotriz que o tornou pioneiro nas lavouras da cidade. “O problema era a venda do produto, porque não existia comércio, nem cooperativa. Para tirar o financiamento, tinha que andar 120 quilômetros até a cidade mais próxima“, recorda.

Contemporâneo à construção de Brasília, o idoso diz que era cético sobre a nova capital. “Eu me perguntava ‘será que vai sair uma capital dessas?’ Não acreditava que hoje estaria assim. Naquela época tudo era mais difícil“, comenta. No entanto, em 1978, seu filho Lorival Machado, 72, começou a trabalhar em Brasília, e ele passou a visitá-lo todos os anos com a esposa, e se ambientou ao clima seco do cerrado.

No mesmo ano de comemoração das bodas de platina, entretanto, Percival se tornou viúvo, e passou a morar “solito”, como ele diz. Há um ano, o filho Lorival reformou o segundo andar de sua casa para criar uma residência adaptada ao pai, que não deixa de tomar conta dos filhos, sempre com bom humor. “Estou começando a ficar velho“, ele admite. Foram 100 anos bem vividos, mas ele conta com a próxima festa de aniversário.

Fonte: Giulia Luchetta | https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2024/01/6785774-muita-historia-para-contar-brasilia-tem-uma-comunidade-de-300-centenarios.html

Publicado por Aluizio Torrecillas | Revista Diária

AluizioTorrecillas | Especialista SR em Relações: Institucional, Corporativa e Governamental. Gestor em Marketing, Ombudsman, Gestor de Conflitos, Humanista,  Espiritualista. Colunista no portal Revista Diária – www.revistadiaria.com.br

REVISTA DIÁRIA | [email protected]

Sugestão de Leitura:

https://revistadiaria.com.br/artigos-e-opiniao/distrito-federal-no-topo-da-qualidade-de-vida/

[email protected]
- PUBLICIDADE -

Últimas notícias

Notícias Relacionadas