QUARTA-FEIRA, 10/06/2020, CORONAVÍRUS NO BRASIL.

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Decorridos 104 dias oficiais de Covid-19 no Brasil, temos hoje, 10/06/2020, a seguinte fotografia:

Os indicadores relacionados no quadro possuem as seguintes unidades:

Óbitos: Número absoluto

Variação diária: Variação percentual entre o número total de óbitos registrados até ontem e até hoje

Taxa de mortalidade: óbito/milhão de habitantes

Hoje, centésimo quarto dia, a taxa de mortalidade do Covid-19, no Brasil, ultrapassou os 171 óbitos por milhão de habitantes, enquanto a taxa mundial se manteve nos 53 óbitos por milhão de habitantes.

Variações diárias no número de óbitos continuam oscilando em faixa estreita (0% e 0,8%), sendo que a variação brasileira se manteve baixa em 1%.

Nos últimos três dias, o país registrou média diária de 111 óbitos. Determinação do STF promove retrocesso no processo de análise e constrange o Executivo em divulgar informações distorcidas elaboradas por sistemas extra-oficiais paralelos, como por exemplo, 1.272 óbitos creditados para ontem, quando na realidade 1.161 são de datas anteriores.

Em que pese todas as indevidas interferências de outros poderes e a incessante articulação subterrânea para manutenção da nefasta dispensa de licitação, o governo brasileiro consegue a façanha de curar 95% dos infectados. De cada 19 pessoas contaminadas no Brasil, 18 são curadas.

Em constante queda nos óbitos diários, como ontem mostrado, continua a inacreditável discrepância nos resultados das regiões brasileiras. Grupo I com resultados incompatíveis com os investimentos realizados pela União e Grupo II tendo a metade de seus membros com excelentes resultados.

TAXA DE MORTALIDADE DO COVID-19, POR ESTADO

GRUPO I

Norte, Nordeste e Sudeste enveredaram por modelos de combate ao vírus chinês, cujos resultados não deixam dúvida sobre suas ineficiências.

A limitação da autoridade do Executivo central, determinada pelo STF, está causando inestimável prejuízo ao país, não só na área financeira, mas principalmente na perda de vidas.

TAXA DE MORTALIDADE DO COVID-19, POR ESTADO

GRUPO II

Fonte: Ministério da Saúde, IBGE. Arte Revista Diária

Centro-Oeste e Sul acertaram na escolha. Os desenvolvimentos econômico consistente e, especialmente, o humano foram determinantes para que essas regiões obtivessem sucesso no combate ao vírus chinês.

Regiões pseudo desenvolvidas precisam rever seus conceitos e suas atitudes.

Limitado a repassar recursos do contribuinte, Governo Federal não se fez de rogado e transferiu, até a data de hoje, diretamente para Estados e Municípios a quantia de R$ 48,8 bilhões, dos quais R$ 9,5 bilhões exclusivos para combate ao vírus chinês.

REPASSE DE RECURSOS PARA REGIÕES

O modelo patrocinado pelo STF revela-se insensato. Regiões mais beneficiadas por recursos do contribuinte estão oferecendo os piores resultados, sem que nenhuma medida corretiva seja tomada.

O contribuinte não pode aceitar decisão que restringe a governança do provedor, pois são seus os recursos envolvidos.

Paralelamente, governo federal já investiu R$ 1 bilhão na habilitação de leitos de UTI (7.513 no país) para pacientes com vírus chinês, paga o dobro do valor normal do custeio diário da UTI, e entregou 3.854 ventiladores pulmonares aos estados.

Todos os indicadores mostram que os estados que receberam menor quantidade de recursos e de equipamentos são os que apresentam melhores resultados. Impressiona, ainda, o fato de que é grande a distância entre os melhores e os piores resultados.

Essa atípica relação é relevante e precisa ser seriamente analisada.

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