Decorridos 99 dias oficiais de Covid-19 no Brasil, temos hoje, 05/06/2020, a seguinte fotografia:
INDICADOR | BRASIL | CHINA | EUA | ESPANHA | ITÁLIA | MUNDO |
ÓBITOS | 34.309 | 4.634 | 110.210 | 27.133 | 33.689 | 393.648 |
VARIAÇÃO DIÁRIA % | 4,5% | 0,0% | 1,0% | 0,0% | 0,2% | 1,3% |
TAXA DE MORTALIDADE | 151,3 | 3,3 | 329,0 | 542,6 | 561,5 | 51,1 |
Os indicadores relacionados no quadro possuem as seguintes unidades:
Óbitos: Número absoluto
Variação diária: Variação percentual entre o número total de óbitos registrados até ontem e até hoje
Taxa de mortalidade: óbito/milhão de habitantes
Hoje, nonagésimo nono dia, a taxa de mortalidade do Covid-19, no Brasil, ultrapassou os 151 óbitos por milhão de habitantes, enquanto a taxa mundial ultrapassou os 51 óbitos por milhão de habitantes.
Variações diárias no número de óbitos continuam oscilando em faixa estreita (0% e 1,3%), sendo que a variação brasileira acompanhou a tendência geral e se manteve em 4%.
São Paulo ontem alcançou 8.560 óbitos (25% do Brasil), seguido do Rio de Janeiro com 6.327 (19%), Ceará com 3.813 (11%), Pará com 3.416 (10%), Pernambuco com 3.134 (9%) e Amazonas com 2.183 (6%).
Dos 34.039 óbitos registrados no Brasil, os seis estados acima mencionados participam com 27.433 óbitos, representando 80% do total.
Dos 34.039 óbitos, os outros 20 estados, mais o Distrito Federal, participam com 6.606 óbitos, representando somente 20% do total.
Das 614.941 pessoas contaminadas no Brasil, 254.963 (41%) foram curadas e 325.957 (53%) estão em acompanhamento, sem risco de morte, consolidando 94% de recuperados no país.
No ranking mundial de incidência do Covid-19, Brasil é 34º, no de taxa de mortalidade é o 21º e é o 2º no de cura.
No Brasil, para cada 18 pessoas infectadas, 17 pessoas são curadas ou colocadas fora de perigo. Considerando subdimensionado o número de infectados (insuficiência de testes), a real relação acima é consideravelmente maior.
Na avaliação total dos óbitos, há flagrante queda, com oscilações ao longo do período.
ÓBITOS POR COVID, SEGUNDO DATA DE ÓBITO
De qualquer forma, a média diária de óbitos nos últimos três dias foi de 82 óbitos, abaixo da média anterior de cerca de 110 óbitos.
Há Estados brasileiros encontrando enormes dificuldades para combater o vírus.
TAXA DE MORTALIDADE POR ESTADO – GRUPO I
Principais dificuldades estão nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste, onde o apoio financeiro da União não tem surtido o efeito esperado.
Já as regiões Centro-Oeste e Sul, mais o Estado de Minas Gerais, têm demonstrado acerto em suas decisões para controlar o vírus.
TAXA DE MORTALIDADE POR ESTADO – GRUPO II
Há, certamente, fundamentais diferenças nas gestões de combate ao vírus nessas regiões que precisam ser urgentemente avaliadas, tanto para evitar perda de vidas, quanto para otimizar a utilização de recursos.
Ontem foi divulgado com estardalhaço o fato dos óbitos no Brasil terem ultrapassado os da Itália. Informação tendenciosa, pois a população brasileira é quase quatro vezes a italiana e a diferença entre as taxas de mortalidade, essas sim comparáveis, é enorme: Brasil = 151 óbitos por milhão de habitantes e Itália = 561 óbitos por milhão de habitantes.
Enquanto comparam informações incomparáveis, não mostram que o Brasil é o segundo país em curas do Covid-19 e que há regiões no país com excelentes resultados no combate ao vírus.
A união da manipulação de informações com exageradas medidas restritivas culminou com o pior abril da história da indústria brasileira (queda de produção de 18,8%). Quinze dos 26 segmentos da indústria nacional apresentaram quedas recordes de produção. Nos últimos dois meses a produção da indústria automobilística caiu quase 92%.
Considerando as relevantes perdas nos setores de comércio e serviços, a previsão de queda no PIB desse ano ultrapassa os 4%, com recuperação lenta e gradual, iniciando em 2021 com 3,2%.
Brasil precisa iniciar imediatamente sua recuperação econômica e regiões que comprovadamente mostram eficiência no combate ao vírus não podem pagar pela ineficiência de outras regiões.
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