BRASIL

Decorridos 92 dias oficiais de Covid-19 no Brasil, temos hoje, 29/05/2020, a seguinte fotografia:

Os indicadores relacionados no quadro possuem as seguintes unidades:

Óbitos: Número absoluto

Variação diária: Variação percentual entre o número total de óbitos registrados até ontem e até hoje

Taxa de mortalidade: óbito/milhão de habitantes

Hoje, nonagésimo segundo dia, a taxa de mortalidade do Covid-19, no Brasil, se aproximou dos 119 óbitos por milhão de habitantes, enquanto a taxa mundial ultrapassou os 47 óbitos por milhão de habitantes.

Variações diárias no número de óbitos se reduziram, oscilando entre 0% e 1,3%, sendo que a variação brasileira caiu de 5% para 4%.

São Paulo ontem alcançou 6.980 óbitos (26% do Brasil), seguido do Rio de Janeiro com 4.856 (18%), Ceará com 2.733 (10%), Pará com 2.704 (10%), Pernambuco com 2.566 (10%) e Amazonas com 1.964 (7%).

Dos 26.764 óbitos registrados no Brasil, os seis estados acima mencionados participam com 21.803 óbitos, representando 81% do total.

Dos 26.764 óbitos, os outros 21 estados, mais o Distrito Federal, participam com 4.961 óbitos, representando somente 19% do total.

Das 438.238 pessoas contaminadas no Brasil, 177.604 (41%) foram curadas e 233.880 (53%) estão em acompanhamento, sem risco de morte, consolidando 94% de recuperados no país.

No Brasil, para cada 16 pessoas infectadas, 15 pessoas são curadas ou colocadas fora de perigo. Considerando subdimensionado o número de infectados, a real relação acima é consideravelmente maior.

Atrasos nas notificações municipais e estaduais estão multiplicando por 10 os registros diários de óbitos e desvirtuando análises sobre a evolução do virus.

As curvas de casos no Brasil apresenta queda, conforme levantamento realizado por instituições de Genebra.

CASOS DIÁRIOS POR COVID-19 NO BRASIL

Em todo o mundo, as variações diárias de óbitos estão em valores baixos (<1%) e faixas estreitas (0% a 1%). Espanha, por exemplo, registrou um único óbito de anteontem para ontem.

A variação diária de óbitos no Brasil, ontem na faixa de 4%, não pode ser comparada, pois agrega óbitos anteriores, abrangendo 15 dias, eliminando qualquer possibilidade de avaliação confiável.

Com essa metodologia brasileira, podemos afirmar que recordes, quando ocorreram, não foram nos níveis divulgados. Para desvirtuar ainda mais, há orientações oficiais em Estados da Federação para creditar ao Covid-19 óbitos sob suspeição.

Informações nesse nível de confiabilidade não permitem estabelecer estratégias consistentes para combater o vírus.

Mesmo diante de tanta descaracterização, sempre na direção de elevar os índices, as taxas de letalidade e de mortalidade do vírus no Brasil estão bem abaixo das obtidas por outros países.

Como consequência da desinformação, medidas equivocadas foram implementadas, produção de veículos nacionais caiu drasticamente, diversos setores importantes para a economia nacional demitiram, hotéis e restaurantes fecharam as portas e empresas de transporte foram à falência.

A astronômica conta dessa desventura de alguns, e irresponsabilidade de outros, cairá no colo do contribuinte.

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