O QUE RESTARÁ DO ACORDO MERCOSUL E UNIÃO EUROPEIA?
Após duas décadas de negociações, o acordo entre Mercosul e União Europeia sofre duro retrocesso ao permitir que seu real obstáculo fosse desnudado.
Mais de vinte anos utilizando o meio ambiente e a proteção da Amazônia como eficiente cortina de fumaça, a proximidade de uma hipotética assinatura revelou o que todos já sabiam: o agronegócio europeu teme de morte a concorrência com seu par sul americano e não chancelaria um acordo sem convenientes barreiras técnicas/tarifárias.
Mesmo com divergências em compras governamentais, mercado automotivo, etc., o obstáculo está no agronegócio e a inegociável manutenção de subsídios cria barreiras intransponíveis e impede a convergência.
Sem possibilidade de acordos comerciais bilaterais, países membros do Mercosul aguardaram esperançosos por duas décadas.
E agora José?
Não seria mais produtivo, especialmente para o Brasil, a negociação de acordos bilaterais?