POLÍTICA&NEGÓCIOS com Luiz Bittencourt
PIB brasileiro cresceu 1% em 2017
Depois de duas quedas sucessivas de 3,5% em 2015 e 2016, o PIB brasileiro apresentou crescimento de 1%, em 2017, somando R$ 6,6 trilhões, segundo o IBGE. A agropecuária mais uma vez protagonizou o resultado ao crescer 13%, enquanto o setor de serviços cresceu 0,3% e a indústria ficou estagnada. O resultado deixa definitivamente para trás a recessão, com o ajuste fiscal rigorosamente executado pelo governo central, e o salto foi expressivo, mesmo que o crescimento ainda se apresente baixo. Há otimismo no ar e as perspectivas são positivas, incluindo a retomada do emprego, desde que os poderes constituídos não atrapalhem.
EUA impõem tarifa de importação
Donald Trump decidiu impor tarifas de importação para aço (25%) e alumínio (10%) como medida protecionista. Mesmo tendo como alvo o fornecimento chinês, essa restrição impactará negativamente os negócios brasileiros, inviabilizando as exportações de US$ 2,6 bilhões/ano de aço brasileiro para o mercado norte americano. O governo brasileiro critica, com razão, a decisão do governo Trump, defende enfaticamente o livre comércio internacional mas, paradoxalmente, mantém injustificadas e ineptas medidas protecionistas que afrontam o livre comércio como impostos de exportação e de importação que precisam ser imediatamente revistos.
453º aniversário do Rio de Janeiro
A cidade do Rio de Janeiro comemorou melancolicamente seu 453º aniversário, em 1º de março, sob intervenção federal na segurança pública. Capital de um Estado falido economicamente e acéfalo há longo tempo, o Estado encontra-se dominado pelo crime organizado e com a população amedrontada. Até quando?
Venda de veículos novos cresce quase 16%
Fenabrave, associação de concessionárias, anuncia o crescimento de quase 16% (comparação com fevereiro de 2017) nas vendas de fevereiro de automóveis, caminhões e ônibus. Automóveis representam mais de 90% das vendas e esse resultado devolve otimismo ao setor.
A segurança pública e a oportunidade política
O vácuo de liderança aliado a uma crise sem precedentes na segurança pública de alguns importantes Estados da Federação criou ambiente propício a uma sinergia entre diversas forças políticas do país envolvendo o que aterroriza o cidadão: insegurança com inversão de valores e direitos garantidos a criminalidade.
A movimentação rápida e articulada de uma classe política desacreditada explodiu nos meios de comunicação e a reintroduziu na ribalta, agora por meritório motivo e de intenso interesse da população. Surge então o Sistema Único de Segurança, um novo SUS que já começa ameaçado pela própria sigla. A expectativa da sociedade coloca o tema sobre o fio da navalha, de tal forma que há necessidade de resultado em curto prazo. Entretanto, o sucesso deste SUS não pode perdoar atos corruptos passados.
R$ 42 bilhões para o SUS da Segurança
Para promover as ações de restituição da segurança pública no país, o governo central anunciou a criação de linha de financiamento, com disponibilidade de cinco anos, dois anos de carência e prazo de pagamento de oito anos, no valor total de R$ 42 bilhões para investimentos em segurança pública, isentando de aval do Tesouro Nacional, o que é uma temeridade. Trata-se, evidentemente, de uma sinalização política, mas algumas questões emergem de forma que desassossega, como por exemplo, como atender alguns Estados que se encontram falimentares e têm restrições a financiamentos? Outra preocupação são os escusos interesses que a disponibilização desses volumosos recursos pode suscitar em um sistema reconhecidamente contaminado por corrupção. Por enquanto, há muita movimentação, muita promessa, muita propaganda, mas nenhum resultado prático. O que é comum em ano eleitoral.