POLÍTICA&NEGÓCIOS COM LUIZ BITTENCOURT
JBS MAIS UMA VEZ
Volta e meia, a empresa JBS aparece com destaque na mídia por alguma gigantesca falcatrua. Sexta-feira última, dia 09 de novembro, seu principal controlador, Joesley Batista, e alguns asseclas foram novamente presos, agora porque omitiram e mentiram intencionalmente em suas delações premiadas, obstruindo a justiça e prejudicando a credibilidade da colaboração. Segundo a Polícia Federal, os integrantes dessa organização criminosa (palavras da PF) atrapalhavam a coleta de provas pela PF. Resumindo, o BNDES utilizou recursos públicos para financiar uma empresa que se transformou em organização criminosa para cooptar políticos na aprovação de legislação que lhe beneficiasse, patrocinar ilicitamente campanhas políticas e aliciar agentes públicos (até agora identificados no Ministério da Agricultura) para aprovar produtos em não conformidade com a regulamentação.
O resultado é o uso de dinheiro público para lesar o país e o consumidor. Para o retorno da moralidade, tanto a empresa quanto os agentes públicos precisam ser rigorosamente punidos.
SÉRGIO MORO NO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
Definição da equipe ministerial pelo presidente eleito Bolsonaro começa com o pé direito. A escolha do juiz Moro para a pasta da Justiça traz, em seu bojo, o emblema da decência e da moralidade, cujas ausências nos últimos 33 anos levaram o país ao farrapo de hoje.
O país livre da corrupção e da impunidade, por si só já proporcionará inestimável tranquilidade ao brasileiro. O Brasil vai mudar.
AUMENTO PARA O STF
No apagar das luzes dessa legislatura, o Senado Federal, composto em grande parte por parlamentares recentemente escorraçados da vida pública pelos eleitores, teve a cara de pau de aprovar aumento salarial para os ministros do STF, o que representa um acinte e, pelo efeito cascata que provoca, um rombo de alguns bilhões nas contas públicas.
Mesmo considerando as naturais e constantes irresponsabilidades dos nossos parlamentares, o governo eleito deveria reagir de forma veemente, proporcional ao malefício causado ao país. Providencial veto presidencial seria inesperada e bem-vinda surpresa.
REFORMA PREVIDENCIÁRIA JÁ
A crise fiscal que lentamente está sendo contida exige algumas drásticas e até dolorosas ações. A primeira delas é a reforma da previdência, emergencial e sem mais condições de empurrar com a barriga. A expectativa de vida do brasileiro se eleva na mesma medida do déficit gerado na previdência, exigindo urgente equacionamento desse gap.
Somente no INSS, o déficit esperado para 2019 ultrapassa os R$ 220 bilhões. No caso dos servidores da União, o rombo se aproxima dos R$ 90 bilhões. Não há administração financeira que sobreviva a defasagens dessa magnitude.
CRESCE O LUCRO DOS BANCOS
Terceiro trimestre de 2018 consolidou lucro líquido de R$ 17,5 bilhões para os bancos Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Santander juntos. Desde 2006, foi o melhor resultado e representa avanço, pois no segundo trimestre de 2018 quatro das seis empresas que mais lucraram foram bancos. Mesmo com todo esse exemplar resultado, não há qualquer sinalização para a redução dos exorbitantes juros praticados pelo segmento bancário. O Brasil precisa mudar.
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