PINGA FOGO COM LUIZ BITTENCOURT
POLÍTICA DE PREÇOS DA PETROBRÁS
Presidente da Petrobrás, Ivan Monteiro, reuniu-se ontem com o Presidente do Senado Federal, Eunício Oliveira, e com o Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para apresentar os resultados da empresa, analisar política de preço e reconheceu que a consulta pública da ANP sobre a periodicidade dos reajustes dos preços dos combustíveis promoverá uma reavaliação da política de preços da Petrobrás. O que esperar de uma empresa que para definir sua política de preços necessita de consulta pública e da aprovação de políticos?
OS PRESIDENCIÁVEIS E O MODAL FERROVIÁRIO
O desastre econômico da paralisação dos caminhoneiros exige dos presidenciáveis um posicionamento para a superação da danosa dependência do modal rodoviário. Padecendo do impacto negativo que a ausência de alternativa causou, a CNI elaborou estudo estratégico sobre o transporte ferroviário que entregará aos diversos candidatos à Presidência da República. Mesmo considerando que os investimentos nesse modal são de longo prazo, é necessária urgente decisão política para que em quinze anos o país comece a produzir os benefícios de um equilibrado sistema de transportes. O esforço será gigantesco. 30% dos trilhos estão inutilizados e 23% sem condições operacionais. Será preciso inserir concorrência no mercado, razão do precário desempenho atual das concessionárias, e rever os contratos de concessão, de forma a favorecer a interconexão e o compartilhamento das malhas e os investimentos privados. Se a escolha dos candidatos for levada a sério, há chance para a esperança.
BOLSONARO LIDERA PESQUISA DE INTENÇÃO DE VOTOS
Com 19%, Jair Bolsonaro (PSL) lidera as intenções de votos para Presidente da República, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha nos dias 6 e 7 de junho. Em segundo lugar aparece Marina Silva (Rede) com 15%, seguida de Ciro Gomes (PDT) com 10%. Esse resultado vem se repetindo, com pequenas variações e somente após as definições das coligações, as intenções ficarão mais claras. O que deprecia as pesquisas é a sistemática inserção de Lula, ficha suja, condenado e preso, na lista dos presidenciáveis. Se um presidiário pode ser candidato a qualquer cargo eletivo, para o que serve a justiça eleitoral? Os institutos fazem o jogo do PT que usa a desgastada figura de seu líder para tentar sobreviver no lamaçal ético em que lentamente se afoga. Porém, essa insistência dos institutos induz o entrevistado ao erro e a omissão da justiça eleitoral torna, mais uma vez, imperceptível sua utilidade.
ESCOLHA DO PRESIDENCIÁVEL
Eleições se aproximando, mas até agora não se tem uma clara ideia das propostas dos candidatos para temas vitais que impactam o desenvolvimento do país. Como acabar com a corrupção sistêmica no poder executivo? Como incrementar a produtividade do brasileiro? Qual a solução para a sustentabilidade da previdência? O que fazer para reduzir a insuportável carga tributária? Como obter o equilíbrio no pacto federativo? Como elevar o grau de instrução do brasileiro? Que alternativas teremos para um adequado sistema de saúde? Qual a proposta para o equilíbrio no sistema de transportes? Que redução haverá no tamanho do Estado? Que objetivos nortearão as políticas industrial, de comércio exterior e do agronegócio. Continuaremos com esse elevado nível de insegurança? São muitas as demandas em um país deteriorado por sequenciais corruptas administrações. De qualquer forma, as respostas a essas e outras questões deveriam definir o voto de cada eleitor.
