POLÍTICA&NEGÓCIOS
PINGA FOGO
Luiz Bittencourt
FIM DO CARNAVAL
INÍCIO DE 2019
Encerraram-se os quatro dias de folia e, para muitos, inicia-se o ano de 2019. Essa é uma verdade relativa.
Durante os dois meses iniciais de 2019 o Executivo tomou posse, definiu sua estrutura, escolheu sua equipe, usou batalhão do exército para pavimentar rodovias, livrando-nos das planilhas de propina e elaborou projetos complexos como a Lei Anti-Crime e a reforma da previdência.
Enfrentou, ainda, episódios exógenos como a tragédia de Brumadinho e a entrega da ajuda humanitária na vizinha Venezuela.
Por outro lado, observa-se claramente que 2019 ainda não se iniciou para o legislativo e para o judiciário.
O Brasil mudou parcialmente.
CARNAVAL DEPRIMENTE
DEGRADAÇÃO MORAL
Por falar em Carnaval, o país vem assistindo crescente cenário de degradação moral nos desfiles de escolas de samba e nos blocos de carnaval.
Há uma clara tentativa de corroer os valores da sociedade brasileira, amplamente divulgada pelos meios de comunicação e defendida pelos jornalistas de plantão.
No Rio de Janeiro, a Escola de Samba Paraíso do Tuiuti homenageou um presidiário, em evidente afronta ao cidadão que escolheu trilhar o caminho da decência.
Poderia, por exemplo, ter homenageado os bombeiros de Brumadinho.
Ainda no Rio, a Mangueira tentou denegrir imagens de ilustres personagens da história do Brasil, entre eles Pedro II, Princesa Isabel, Pedro Alvares Cabral e Duque de Caxias.
Para culminar, o desconhecimento da história do Brasil venceu o carnaval carioca.
Em São Paulo, a Escola de Samba Gaviões da Fiel, em flagrante desrespeito a religiosidade, cometeu heresia ao apresentar uma disputa entre Jesus Cristo e o Diabo, terminando com a vitória de Satanás.
As inverdades nas narrativas e as inadequadas escolhas de homenageados não interferem nos objetivos do espetáculo, nem na entrega de alegria aos foliões, mas as Escolas poderiam alcançar os mesmos resultados com enredos lastreados em verdade e relevância.
Os blocos de sujo transformaram as ruas do país em depósito de lixo, deixando rastros de urina e vômito, sem falar na confusão que fingem fazer entre liberdade e libertinagem.
O carnaval, que significava alegria e diversão, foi transformado em imundície, erotismo, deseducação e na consequente indignação.
Toda essa lambança foi divulgada ao extremo pela imprensa, como se normal fosse, e equivocadamente patrocinada com recursos públicos.
RENTABILIDADE DAS EXPORTAÇÕES
COURO E CALÇADOS PERDERAM RENTABILIDADE
A rentabilidade das exportações, levantada pela Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior – Funcex, cresceu 12,3% em 2018, em relação a 2017, afetada pela desvalorização da taxa de câmbio, elevação do preço médio na exportação e pela alta nos custos de produção.
25 dos 29 setores pesquisados apresentaram ganhos de rentabilidade, com protagonismo para petróleo e gás, papel e metalurgia.
A perda de rentabilidade na exportação foi liderada pelos setores de couro, artefatos de couro e calçados, com uma relevante queda de 4,5%, com relação a 2017.
A agregação das informações nos três setores couro, artefatos e calçados é desfavorável a uma avaliação mais profunda e eficaz por setor, principalmente quando se sabe que, há muito, as indústrias de calçado e de artefatos trocaram o couro pelo material sintético. (Fonte: Linkedln)
PT SE ARTICULA
ELEIÇÃO PARA PRESIDENTE DO PT
A mídia tem divulgado possíveis articulações internas ao Partido do Trabalhador tentando desconstruir a candidatura de Gleisi Hoffman a reeleição para presidente do Partido e substituí-la pelo ex-candidato a Presidência da República, Fernando Haddad.
Essa estratégia esbarra na intransigente vontade de Lula de manter Gleisi no cargo, não se sabe ainda bem por que.
Essas conversas e movimentações são naturais em todos os Partidos políticos.
O que não é normal, nem poderia ser, é a utilização da sede da Polícia Federal em Curitiba, onde Lula se encontra preso, para realizar incontáveis reuniões, privilegiando-o em relação a outros condenados.
SINDICATOS NO BRASIL VOLTAM AO CURSO NORMAL
ARRECADAÇÃO DEFINHA
Governo Federal publicou no Diário Oficial da União – DOU, em 01/03/2019, a Medida Provisória nº 873 que elimina de vez a obrigatoriedade do recolhimento sindical, conforme havia sido determinado pela reforma trabalhista realizada no Governo Michel Temer.
A contribuição sindical foi transformada em voluntária e, por isso, por determinação contida na MP, não pode ser automaticamente descontada no salário do trabalhador, mas recolhida pelo uso de boleto bancário.
Essa decisão era ansiosamente aguardada, pois há uma indústria de sindicatos no Brasil, levando o país ao impensável número de 17 mil sindicatos resultando em 4 milhões de ações trabalhistas.
Para comparações, a Alemanha possui 20 sindicatos e o Japão apenas 14. Essa decisão era inadiável e retorna as atividades sindicais ao seu curso natural de representar o trabalhador, enfraquecendo a manutenção de dinastias nas diretorias sindicais.
Prevê-se, num primeiro momento, a fusão de diversos sindicatos para fins de sobrevivência e, a seguir, uma adequação às reais necessidades da classe trabalhadora.
O reordenamento sindical ainda permite prever o fim da justiça do trabalho, por completa inutilidade.
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