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PINGA FOGO: O PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS

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PINGA FOGO COM LUIZ BITTENCOURT

 

# O PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS

A elevação do preço dos combustíveis está permitindo algumas decisões importantes para o país. Uma delas é a necessidade de se reprimir o excesso, nas manifestações de protestos. Outra foi o equacionamento racional da questão. O executivo negociou com o legislativo a redução de impostos incidentes sobre os combustíveis, mas, para proteger o ajuste fiscal, o Congresso aprovará o projeto de reoneração da folha de pagamento das empresas. Essa articulação reduz os preços dos combustíveis, garante a recuperação do equilíbrio fiscal, preserva a competitividade da Petrobrás, retira as benesses concedidas pelos governos anteriores a selecionados setores da economia de interesse dos governantes e não cria novo imposto como medida compensatória. Porém, incompreensivelmente, não há informações sobre medidas que intimidem os atravessadores/intermediários e a rotineira formação de cartéis nos postos de combustíveis.

# EXCESSO NAS MANIFESTAÇÕES

Paralisação do trânsito em rodovias de vinte estados da federação e no DF, em protesto contra o preço dos combustíveis, criou transtornos em diversas regiões. No DF, por exemplo, cargas de querosene da aviação ficaram retidas no entorno e, pela incerteza de abastecimento no aeroporto da capital, voos foram cancelados. Faltam peças nas indústrias automotivas e insumos nas produtoras de leite, para citar algumas cadeias produtivas prejudicadas pela leniência governamental com o protesto. A greve dos caminhoneiros está produzindo um caos no país. Manifestações democráticas e pacíficas devem ser respeitadas, desde que não atinjam valores fundamentais da população. Se prejudicarem os direitos do cidadão, devem ser rigorosa e imediatamente coibidas.

# ELEIÇÕES 2018 – Rio de Janeiro

A erosão causada no MDB estadual pelo ex-governador Sérgio Cabral e pelo atual governador Pezão, inviabilizou não só a reeleição de Pezão, como também o sucesso no lançamento, pelo Partido, de qualquer candidatura ao governo do Estado. Sem o MDB no páreo, Eduardo Paes, ex-Prefeito do Rio de Janeiro, trocou o MDB pelo DEM para não ser contaminado pelo Partido, e Garotinho (PROS), ex-governador, ganham alguma competitividade, mesmo sendo políticos tradicionais, mas correm o risco de se tornarem inviáveis por problemas com a justiça. A esquerda é irrelevante para o governo e restam Índio da Costa (PSD) apoiado pelo Prefeito Crivella, que vem sofrendo significativo desgaste que certamente respingará no seu candidato e Romário (Podemos) que lidera as pesquisas por ser um fake outsider. Esse cenário poderá ser radicalmente alterado se o candidato a Presidente Jair Bolsonaro declarar seu apoio a algum candidato.

  • Para o Senado Federal, a esquerda dividirá seus votos entre Lindbergh Farias (PT), às voltas com a justiça e que busca a reeleição por um Partido degradado pela corrupção, com seus líderes condenados e presos, e Chico Alencar (PSOL), Deputado Federal bem votado. Ambos devem ir abraçados para a derrota. Flávio Bolsonaro (PSL) lidera as pesquisas e ainda há Martha Rocha (PDT), Deputada Estadual e ex-delegada da Polícia Civil, o que pode lhe favorecer diante da insegurança reinante no Estado.
  • Para a Câmara Federal, deverá ocorrer grande número de reeleições, decorrente da infectada estrutura partidária no Estado. Freixo é candidato a receber expressiva votação.

#  O FATIAMENTO DO PAÍS

Os últimos quinze anos foram pródigos em eleger, obviamente com recursos públicos, os verdadeiros proprietários do país. Se olharmos, sem receio de enxergar, veremos que algumas áreas industriais foram transformadas em feudos e entregues a selecionados senhores. Carne e couro, por exemplo, são dominados pela famosa dupla Joesley e Wesley Batista, e a construção pesada está nas mãos de poucas e contaminadas empreiteiras (Odebrecht, OAS, Andrade Gutierrez, Camargo Correa, Carioca e Delta). Esses monopólios/oligopólios, como todos os outros, Petrobrás, Eletrobrás, etc. inibem a livre competição, dificultando a evolução tecnológica e a geração de empregos. Estados obesos são ineficientes e ótimos albergues para a corrupção.

Luiz Bittencourt é Presidente da LASB Consultoria. Engenheiro Metalúrgico pela UFF é Master of Engineering – McGill University – Montreal/Canadá e Pós Graduado  em Comércio Exterior pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.
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