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PINGA FOGO: TRABALHADOR POUCO A CELEBRAR

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POLÍTICA&NEGÓCIOS

PINGA FOGO com Luiz Bittencourt


Luiz Bittencourt é Especialista em Relações Institucionais e Comércio Exterior. Engenheiro (Master of Engineering pela McGill University, Montreal, Canadá) e pós graduado em Comércio Exterior pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Diretor da LASB Consultoria. e-mail: [email protected]

O RETORNO DE NEYMAR

Péssimo exemplo

O principal astro do futebol brasileiro, Neymar Jr, ofereceu aos seus apaixonados fãs mais do que uma decepcionante atuação na partida final da Copa da França, quando seu time, Paris Saint-Germain perdeu para a modesta equipe do Rennes.

Recentemente, ao se lesionar, precisou de longo período para recuperação, durante o qual veio fazer fisioterapia no Brasil, coincidentemente por ocasião do Carnaval com direito a camarotes na Avenida Marquês de Sapucaí e, na véspera da partida final contra o Rennes, quando retornou aos campos, foi comemorar na Itália o aniversário do companheiro Douglas Costa.

Há reincidente ausência de comprometimento profissional em Neymar.

Retornando à partida contra o Rennes, Neymar marcou um belíssimo gol e fez a assistência para o outro gol do PSG, ações que se mostraram insuficientes para garantir a conquista da Copa da França, revelando, mais uma vez, que sua presença na equipe necessariamente não se traduz em conquistas.

Para encerrar sua participação no evento, quando subia as escadas para receber a medalha de vice-campeão, Neymar se irritou com a provocação de um torcedor e lhe desferiu um soco no rosto, atitude deplorável para qualquer um, principalmente para um ídolo.

Fica evidente que, como atleta, Neymar não se esmera nos cuidados físicos necessários para competições de alto nível e, como ídolo, não se consolida como exemplo para a garotada que nele se espelha.

O histórico de Neymar acumula atos deprimentes.

A seleção brasileira precisa regulamentar o comportamento básico de seus convocados.

STF ONIPRESENTE

Poder ilimitado

Semana passada a Suprema Corte deu duas demonstrações da sua ilimitada abrangência, não se satisfazendo em se manter guardiã da Constituição Federal.

Na primeira, arvorou-se em definir políticas tributárias ao reconhecer direitos de créditos de IPI na compra de insumos produzidos na Zona Franca de Manaus, quando não há incidência de IPI sobre eles.

Essa decisão simplesmente dobrou a renúncia fiscal concedida e jogou a conta no bolso do contribuinte.

Na segunda, manteve ato do Poder Executivo transferindo a Fundação Nacional do Índio – FUNAI do Ministério da Justiça para o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, mas alertou, na sentença, para a possibilidade de intervenção do STF, caso haja frustrações nas demarcações indígenas.

Se isso vier a ocorrer, passará o STF a definir políticas públicas indigenistas, podendo ir além, ao anunciar a possibilidade de interferir na reestruturação do Governo.

No mínimo, estaremos diante de desvio de função.

PARADOXOS FLUMINENES

O artificialmente encarecido petróleo carioca

O Rio de Janeiro encanta a todos pelas belezas naturais e deixa os fluminenses indignados pelas insensatas decisões de administrações que passaram pelo Estado.

O preço da gasolina é uma delas. Participando com 80% da produção nacional de petróleo, o Estado do Rio de Janeiro deveria possuir uma das mais baratas gasolinas do país.

Mas possui a mais cara pela também maior alíquota de ICMS que incide sobre o combustível.

Enquanto São Paulo, Santa Catarina e alguns outros Estados definem a alíquota em 25%, o Rio escolheu o teto de 34%.

Considerando que outros impostos federais (CIDE e PIS/Cofins) incidem sobre o combustível, os impostos representam quase 50% do preço na bomba.

A ousadia é tanta que o custo do ICMS sobre a gasolina, no Rio, é maior do que o custo da própria gasolina.

Isso é inaceitável, pois não há motivos para a escalada tarifária que inviabiliza investimentos, deteriorando ainda mais a já combalida economia fluminense.

DIA DO TRABALHADOR

Pouco a celebrar

A desconfortável herança recebida pelo atual governo é de gigantesca exigência.

Há generalizada deterioração da economia a exigir reformas e decisões de efeitos imediatos.

As corretas ações de reparação de rumo nas áreas de infraestrutura (licitações para concessões), educação, previdência, meio ambiente e segurança têm natural prazo de carência e somente trarão efetivos resultados a partir de 2021.

Mas há um setor para o qual os Poderes da República precisam ser rápidos e inovativos.

O desemprego brasileiro abriga hoje, Dia do Trabalhador, quase 14 milhões de pessoas.

Com esse contingente em precárias condições de sobrevivência, o ambiente fica exposto a contaminações e a resposta das autoridades constituídas precisa ser imediata.

Os desempregados não têm condições físicas e mentais para aguardar, de forma indigna, 2021 chegar. As soluções podem ser até temporárias, enquanto as ações estruturantes caminham, mas precisam ser definidas e implementadas em curtíssimo prazo.

A fome e a indignidade são as piores conselheiras.

www.revistadiaria.com.br

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