Estéfane Célis Araújo, o ESTÉFANE CABEÇA BRANCA, reside em Brasília-DF desde o ano de 1975. Chegou a capital federal, transferido da cidade do Rio de Janeiro pelo Corpo de Fuzileiros Navais – Marinha de Guerra Brasileira -, para compor equipe da elite na segurança de várias instituições do Governo Federal, onde permaneceu por quase 6 anos. Casado, pai de 3 filhos, dedicou sua vida em vários segmentos de trabalho. Fundador e gestor do Instituto SOS da Vida durante 29 anos, onde se dedicou a aconselhamento de casais, pessoas com dependência química e outros.
Gestor em vários segmentos empresariais, entre eles, publicidade, comunicação e marketing. Curso superior de Marketing no ICESP/Unb.
ESTÉFANE CABEÇA BRANCA é privilegiado em participar na fundação da TV Band Brasília, bem como da Rádio Band News FM, onde passou 34 anos de sua vida, alcançando o cargo de Diretor Comercial do grupo Bandeirantes de comunicação, Brasília e Nacional.
Formado no 19º ciclo de Estratégias da ADESG – Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra. Participação ativa no sindicato dos publicitários do Distrito Federal.
ESTÉFANE CABEÇA BRANCA É ENTREVISTADO PELO REPÓRTER DIÁRIO.
POR QUE CABEÇA BRANCA?
Aos 14 anos de idade começaram a nascer os primeiros fios de cabelo branco. Quando fiz 20 anos – já com muitos cabelos brancos na cabeça – o mercado publicitário começou a me chamar de CABEÇA BRANCA. Aliás, quem primeiro me colocou o apelido foi o Haroldo Meira, renomado publicitário do DF (in memorian). O pessoal escutou ele me chamando de CABEÇA BRANCA. O apelido pegou!
QUAL O PRINCIPAL MOTIVO DE SUA PREOCUPAÇÃO COM A POLÍTICA?
Por querer ser um pré-candidato, todas as ações e projetos de lei que iremos propor, terão a marca de uma pessoa nova na política com CABEÇA BRANCA, experiência, honestidade, dedicação, humildade, respeito ao cidadão e aos princípios éticos e morais de toda sociedade.
Há um sentimento generalizado de que o Brasil e o Distrito Federal precisa ser passado a limpo. A sociedade brasiliense está intranquila e sem qualquer perspectiva. Considero que o melhor remédio virá da conciliação política e por isso decidi participar da vida pública para colaborar na transformação que o país necessita. Tenho meus princípios e convicções que, acredito, podem contribuir na direção de um país mais justo.
QUE TRANSFORMAÇÕES SERIAM?
Estamos assistindo à falência dos Estados e a solução está no equacionamento de problemas estruturais que comprometem o desenvolvimento sustentável da economia brasileira. O equilíbrio fiscal é fundamental, mas várias áreas precisam ser imediatamente transformadas.
Começaria citando o sistema político, atualmente totalmente baseado em corrupção, onde a representatividade está definitivamente comprometida e o modelo vigente exaurido. Há um descomunal distanciamento entre o político e seu eleitor, especialmente após as eleições. Penso que é preciso aprofundar o debate sobre o sistema político visando seu aperfeiçoamento.
Urge também avançar nas discussões sobre coligações, fidelidade partidária, cláusula de barreira, número de partidos, composição, dimensionamento e proporcionalidade no Congresso Nacional, reeleições, custo das eleições, urna eletrônica, lista fechada, etc.
OUTRAS TRANSFORMAÇÕES AVANÇARIAM EM PARALELO?
Sim. O Brasil não pode continuar com a exorbitante carga tributária vigente, ao redor de 36% do PIB. Não podemos continuar trabalhando cinco meses por ano somente para pagar impostos. Os tributos brasileiros, além de elevadíssimos, são aplicados de forma tão complexa que exigem das empresas estruturas específicas para cumprir suas imposições, elevando os custos dos produtos.
Penso que a redução na carga e a simplificação dos tributos devem ser tratadas urgentemente. A área da previdência também precisa ser imediatamente repensada para evitar o debacle previdenciário que se anuncia. O desequilíbrio fiscal da previdência é evidente, astronômico e o cidadão não pode sofrer os perversos efeitos que advirão se o meio político não tratar esse tema com a seriedade e a coragem requerida.
No meu entendimento, passou da hora o equacionamento da questão previdenciária, porém seus efeitos não devem ser retroativos e direitos adquiridos devem ser preservados. Por outro lado, a reforma trabalhista avançou pouco, mas precisa ser retomada e aprofundada para oferecer crescimento, produtividade e desenvolvimento econômico ao país.
E A SEGURANÇA TAMBÉM DEVE SER REFORMADA?
Claro. O país vive hoje em clima de total insegurança. Ações estruturais precisam ser planejadas e executadas para evitar que a situação de vários estados contamine o resto do país. Acredito que se deva começar pela adequação da legislação penal, hoje extremamente leniente com os criminosos, em detrimento do cidadão.
Há que se rever, e endurecer, as possibilidades de concessão de habeas corpus, saídas temporárias, indultos, prisão temporária, condução coercitiva e outras permissões extremamente condescendente com aquele que delinqua.
Não podemos continuar dessa forma, transferindo para o meliante a proteção do cidadão de bem e consolidando o Brasil como o paraíso da impunidade.
O QUE ACHA DA SITUAÇÃO DA SAÚDE NO PAÍS?
Todos nós sabemos que o Estado vem falhando e entregando ao cidadão serviços de péssima qualidade. Na área da saúde a situação é caótica, com o consequente fortalecimento do mercado dos planos de saúde que, sem concorrência, exorbitam em seus direitos, elevando as mensalidades além do razoável.
Entendo que o Congresso Nacional deveria acompanhar e intervir, sempre de forma equilibrada para evitar excessos. O SUS precisa ser remodelado para garantir ao cidadão um serviço digno e eficiente.
QUAL A SUA OPINIÃO SOBRE A FRAGILIDADE DO ESTADO FRENTE À CORRUPÇÃO?
Essa é a questão atual, mesmo que centenária. Recentemente, as ações de corrupção se robusteceram e se sofisticaram, levando à penúria os Estados da Federação e o próprio governo central. As atividades ilícitas se entrelaçaram e constituíram um emaranhado de desvios e caminhos subterrâneos de recursos públicos que, imaginavam os delinquentes, garantiria a impunidade das quadrilhas.
Eis que surgiu a Operação Lava Jato, constituída de cidadãos probos e competentes, que preservam valores e princípios há muito descartados pelos homens públicos brasileiros. E, então, a verdade apodrecida emergiu da lama revelando que a teia da corrupção era muito maior do que imaginávamos.
A Operação Lava Jato precisa ser preservada por se constituir de competência apolítica, por derrubar a impunidade, por demonstrar na prática que a justiça pode ser para todos e, por isso, merecer a total confiança da população brasileira. Como estaria hoje o Brasil se a Operação Lava Jato não tivesse surgido?
A INDÚSTRIA NACIONAL PRECISA DE CONSTANTE APOIO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA COMPETIR?
Há uma extravagante concessão de benefícios fiscais ao setor industrial que viciou o empresariado nacional. Qualquer obstáculo com que se defronte leva o empreendedor brasileiro a buscar socorro no governo, o que demonstra a nociva dependência criada ao longo dos anos. Essa relação precisa ser depurada.
Benefícios fiscais precisam ser profundamente analisados e, quando indispensáveis, devem ser horizontais, sem privilégios pontuais e o Congresso deve acompanhar e fiscalizar as possíveis distorções.
Acredito que o posicionamento ideal do governo é não atrapalhar.
ENTÃO, O TAMANHO DO ESTADO PASSA A TER IMPORTÂNCIA?
Sem dúvida. O Estado brasileiro é paquidérmico e precisa ser reduzido por concessões, por privatizações, por abertura de capitais e por redução de ministérios e órgãos públicos. A burocracia também precisa ser minimizada, pois reduz a eficiência do Estado e engessa as empresas.
O Congresso Nacional tem poder para contribuir e alavancar medidas necessárias para a modernização do Estado brasileiro. Certamente, as medidas trarão incômodos para muitos, mas não há como fazer omeletes sem quebrar os ovos.
MAIS ALGUMA INFORMAÇÃO ADICIONAL QUE SEJA ÚTIL PARA QUE O BRASILIENSE CONHEÇA MELHOR SUAS IDÉIAS?
O que explanei revela meus pensamentos e minhas ideias sobre o desenvolvimento para o Brasil. Como vimos, há uma enorme gama de trabalho para o Congresso Nacional e acredito que minha participação agregará valor às decisões e às ações do legislativo, sempre em benefício do contribuinte.
Acreditem! Esta é a Brasília que todos queremos. Este é o Brasil que iremos reconstruir.
VAMOS TRABALHAR!
A BRASÍLIA QUE NÓS QUEREMOS é uma seção da REVISTA DIÁRIA Diária, dedicada aos que se preocupam com política local e nacinal. Ideias, ideais e propostas. www.revistadiaria.com.br – e-mail: [email protected]