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REVISTA DIÁRIA ENTREVISTA HÉLIO MENDES

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Entrevista com o professor e consultor Hélio Mendes, especialista em política estratégia, consultor de associações nacionais, grandes empresas, cooperativas.

Hélio Mendes foi secretário de Meio Ambiente de Uberlândia/MG; participou de seminários na HSM com os principais gurus de estratégia: Peter Drucker, Michael Porter, Michael Hammer, Philip Kotler, W. Chan Kim, R. D’Avani .

É palestrante da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra – ADESG.

REVISTA DIÁRIA:

EM SUA ATUAÇÃO AO LONGO DOS ANOS, O QUE O SENHOR PERCEBE QUE MUDOU NO CAMPO DA ESTRATÉGIA CORPORATIVA?

HÉLIO MENDES:

A maneira de pensar mudou. Importante olharmos para a História: a estratégia na área empresarial é recente, começou nos anos ‘60 com Peter Drucker. O principal modelo nos anos ‘70, com Michael Porter, ainda é utilizado por muitas empresas, mas já não atende plenamente como antes, em razão da internet, das novas tecnologias e do avanço da globalização.

REVISTA DIÁRIA:

A FERRAMENTA PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO TAMBÉM MUDOU?

HÉLIO MENDES:

Sim, e muito; entretanto, a maioria dos usuários ainda não, em razão de que a mentalidade predominante no país é de atender ao mercado de commodities, no qual a oferta é igual à demanda: tudo que se produz, vende; a gestão tem foco no operacional, no curto prazo, com pouca preocupação com planejamento de longo prazo.

Até agora foi correto, baixa concorrência, foco no operacional, mas já estão mudando.

REVISTA DIÁRIA:

VIVENDO EM UM MERCADO GLOBALIZADO, DINÂMICO E DE GRANDE INCERTEZA, É POSSÍVEL VISUALIZAR O FUTURO? SERIA ESSE FUTURO A PRINCIPAL RAZÃO DE SE FAZER O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO?

HÉLIO MENDES:

O Planejamento Estratégico é indispensável. Lembrando Steve Jobs, “é possível unir os pontos” – o futuro não, mas o passado e o presente, sim. O que se colocava no longo prazo antes, com as novas tecnologias é possível trazer para o curto prazo, com os planejamentos sendo corrigidos em tempo real  – como também deve ser a atualização dos processos e das metas. Mas é necessário acompanhar as grandes tendências.

Não é possível dirigir um carro apenas com farol de luz baixa, e não se participa de hipercompetição sem planejamento.

REVISTA DIÁRIA:

E COMO AS EMPRESAS TRADICIONAIS PODEM FAZER ESSA GRANDE MUDANÇA?

HÉLIO MENDES:

Mudando a mentalidade não apenas dos gestores, mas de toda a organização. Nada fácil, mas imprescindível, tendo como objetivo principal do planejamento uma transformação cultural, com novos valores de gestão. E não se pode mais separar estratégia de inovação, apenas implantando novos softwares de gestão. É essencial torná-la digital.

E, na entrada da empresa, não deve estar o nome do funcionário do mês, mas o dos clientes, porque eles são a razão de a empresa existir.

REVISTA DIÁRIA:

COMO COMEÇAR ESSA MUDANÇA?

No Conselho da empresa e os CEO tem que correr mais riscos – o que não é fácil, porque muitos terão que deixar práticas consolidadas. Estas são obstáculos para as novas. Temos que começar na cúpula e chegar até o chão de fábrica.

Estratégia e inovação precisam estar no DNA de todos os colaboradores, porque não há mais estratégias competitivas sustentáveis, mas transitivas.

Publicado por Revista Diária

[email protected] www.revistadiaria.com.br
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