REVISTA DIÁRIA, entrevista Tarcísio Daniel da Silva, produtor rural, empresário no setor industrial, Ex- Vice Prefeito de Carmo do Paranaíba MG e Presidente da CARPEC – Cooperativa Agropecuária de Carmo do Paranaíba Ltda, uma das principais cooperativas agropecuária do estado de Minas Gerais.
REVISTA DIÁRIA: A cidade de Carmo se destaca na economia por ser grande produtora de café e de leite, a cooperativa tem sido um dos vetores na história da cidade, qual a importância do cooperativismo hoje para o agronegócio?
TARCÍSIO: O cooperativismo é a união de esforços, é se juntar para atingir objetivos comuns, e é muito relevante dizer que as cooperativas rurais tem um papel fundamental no desenvolvimento do agronegócio brasileiro, onde buscamos recursos como forma de incentivar o produtor rural no seu crescimento, gerando renda e emprego ao país e a comunidade que estamos inseridos. As cooperativas propiciam oportunidades aos seus associados, com acesso a diversos mecanismos que são assertivos no alcance de bons resultados, portanto, peça fundamental no protagonismo do agronegócio do país.
REVISTA DIÁRIA: As duas principais atividades hoje da cooperativa é o café e o leite, a cadeia produtiva do café hoje deve o seu sucesso à qualidade e por exportar, mas o leite tem um ciclo difícil em razão da interferência e não ajuda do governo, como a CARPEC tem enfrentado este desafio?
TARCÍSIO: A qualidade dos cafés de nossos associados tem sido o nosso diferencial no mercado, e que estamos trabalhando constantemente na capacitação e modernização dos processos produtivos dos associados.
Em 2020, batemos recorde de exportação da commodity, fazendo jus ao nome forte do Brasil no mercado de café mundial. Quanto ao leite, de um lado, os pequenos produtores, com a piora da rentabilidade do produtor, frente ao aumento do custo de matérias-primas, e a atração pelo preço da arroba, traz um cenário mais complexo, difícil para traçar horizontes mais claros.
Em tempo, a CARPEC está pautada em buscar sempre redução de custos e proteção de preços de commodities. Do outro lado, o médio e grande produtor, os preços, se mantendo num patamar elevado, se faz muito rentável a exploração da atividade. A CARPEC tem o papel de tratar com equidade os dois lados, trazendo boas e melhores oportunidades a todos os produtores.
REVISTA DIÁRIA: A CARPEC hoje tem seus produtos reconhecido no mercado interno e externo a que se deve este resultado?
TARCÍSIO: Atribuo os resultados ao trabalho e dedicação de todos os envolvidos na cooperativa. Mas, a maior parcela deve ser reconhecida aos nossos associados, maior ativo de nossa instituição, a quem nos dedicamos fortemente para cumprir com o nosso papel, e que vem fazendo a diferença frente a tantas adversidades, produzindo sempre com sustentabilidade. Podemos dizer que os nossos produtos refletem o sentimento e a dedicação de cada produtor rural.
REVISTA DIÁRIA: Carmo hoje já está sendo reconhecido também pela produção de poupa de maracujá, pela sua qualidade e pureza, como está a tendência deste mercado?
TARCÍSIO: O Brasil é o maior produtor e consumidor de maracujá do mundo. É uma fruta muito apreciada não só pelo seu sabor, mas também pelas suas características nutricionais e terapêuticas. Por isso seu consumo vem crescendo a cada ano. Da mesma forma que o consumo de sucos e polpas em geral.
REVISTA DIÁRIA: Recentemente a cooperativa inaugurou novas instalações para área de café, que novos projetos estão em andamento?
TARCÍSIO: Para 2021, e nos próximos anos, temos muito trabalho a ser realizado. No aspecto ambiental e sustentável, estamos desenvolvendo um projeto de recuperação de nascentes, com plantio de árvores, em parceria com nossos associados. Além disso, estamos inserindo na pauta a utilização da energia fotovoltaica, tanto nas instalações da CARPEC, tanto na disseminação nas propriedades rurais. A ampliação e modernização da fábrica de sais mineiras se faz bastante importante a sequência desse projeto. A adequação e revisão de nosso planejamento estratégico também estão inseridas na pauta desse primeiro semestre.
REVISTA DIÁRIA: Como presidente qual a sua expectativa para o setor em 2021?
TARCÍSIO: Devido a tanta incerteza financeira, esperamos que o avanço da vacinação no Brasil e no mundo e a retomada das atividades globais possam contribuir ainda mais com o desempenho do setor agropecuário em 2021. Na cultura do café, nossa expectativa é que o preço da commodity mantenha um traçado médio de alta, iniciado em 2020, frente à indefinição do volume da safra brasileira 2020/2021.
Estamos orientando nossos produtores para que eles possam realizar bons negócios futuros, aproveitando essa janela positiva nos preços.
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