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A CULPA NÃO É DO ELEITOR

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OPINIÃO

ELEIÇÕES

Finalmente, o Congresso Nacional decidiu sobre a data das próximas eleições municipais e, acertadamente, transferiu o pleito para 15 de novembro. A população, aterrorizada, teria imensa dificuldade em exercer seus direitos.

Ao abordar o tema eleição municipal, enveredamos pelo mais importante pleito eleitoral do país.

É no município que tudo ganha vida e acontece.

O adiamento do sufrágio é bem vindo, porém não alivia a penalização destinada ao eleitorado que, na essência, representa o princípio, o meio e o fim de todo o processo.

Sempre que a atuação do prefeito se mostra desastrosa, a responsabilidade recai, invariavelmente, sobre o eleitor. Terrível injustiça, consequência da dicotomia entre os objetivos do eleitorado e do partido político.

O eleitor (desconsideram-se, nessa reflexão, eleitores que abdicam da dignidade e se orientam por benesses ou favores pessoais), no processo de escolha de seu candidato, constrói na imaginação um futuro para seu município e identifica o concorrente capaz de materializá-lo. 

Para o eleitor, o poder municipal representa o futuro.

O Partido Político, reflexo do atual sistema, é impedido de considerar o amanhã do município ao depender da construção de crescente base de apoio para as eleições subsequentes: Congresso Nacional, Governador de Estado e Presidente da República. Fundos partidário e eleitoral, importantes players no jogo da ambição, e o complicador adicional da extinção das coligações se agregam às premissas utilizadas pelos Partidos para selecionar seus candidatos a Prefeito e a Vereador. 

A sobrevivência da agremiação partidária exige ultrapassar os limites do poder municipal.

Detendo autonomia e controle de todo o processo seletivo, os Partidos Políticos escolhem, homologam e oferecem ao eleitorado um limitado cardápio de candidatos que, regra geral, atende somente aos seus objetivos, desconsiderando os anseios do eleitor. Esse, por sua vez, impossibilitado de evitar o pleito, escolhe seu candidato segundo suas expectativas ou, quando os postulantes não revelam capacitação para realizar seu desejo, recorre ao voto nulo como recado direto aos partidos políticos: melhorem seus sistemas de seleção. 

Decisiva reação do eleitorado que explica a invalidação de 1/3 dos votos nas eleições municipais, atitude em franca expansão.

A solução para esse recorrente problema, especialmente para os municípios insustentáveis ou economicamente inexpressivos, fadados a longos períodos de estagnação, está na reforma política que considere sensíveis adequações como, por exemplo, extinção dos fundos eleitoral e partidário, unificação dos pleitos, voto facultativo, voto distrital e candidatura avulsa.

Quando o sistema político transferir o foco da sobrevivência partidária para o desenvolvimento municipal, o eleitor terá, enfim, a esperança da realização de seus sonhos e o país ganhará pontos de apoio para alavancar a economia.

Enquanto isso não ocorrer, gerações inteiras continuarão sem futuro.


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