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A SORTE ESTÁ QUASE LANÇADA

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OPINIÃO

Estamos chegando ao fim de mais um processo eleitoral e, como sempre, a esperança do cidadão ganha vida, criando natural expectativa para os próximos quatro anos.

Essas eleições municipais ocorrem em ano atípico e ambiente econômico significativamente deteriorado pela quarentena. Resulta em circunstância extremamente desafiadora para os prefeitos eleitos, especialmente pela quebra de empresas, pela queda na oferta de empregos e na arrecadação municipal.

O debacle é geral a exigir determinação e qualificação para enfrentá-lo.

Prevê-se, por exemplo, queda de 4,4% na economia mundial de 2020, segundo o Fundo Monetário Internacional – FMI, com ligeira recuperação de 5,2% em 2021. Essa sombria perspectiva significa elevação nas taxas de desemprego, desaceleração na redução do nível de pobreza global e crescimento das desigualdades.

No caso brasileiro, a retração foi suficiente para nos retirar da nona posição entre as maiores economias do planeta. O Brasil cairá, em 2020, para o décimo segundo lugar no ranking e será substituído pelo Canadá na nona posição, sendo ainda ultrapassado pela Coréia do Sul e pela Rússia.

Arrefecendo o desastre, o terceiro trimestre de 2020 começa a revelar resultados positivos globais.

Essa é, em linhas gerais, a fotografia de um universo com a qual o Leviatã terá que trabalhar. A recuperação exige relevante e sustentável elevação da produtividade, intimamente conectada a qualificação, tema compulsório de qualquer administração responsável. É desejada, ainda, visão de longo prazo, com esteio no tripé: planejamento, capacitação e sustentabilidade.

Em que pese os obstáculos, vários setores foram capazes de driblar as restrições e organizam ampliação das atividades, tornando-se oportunidades.

O setor de alimentação, por exemplo, não foi impactado e vem evoluindo de forma acelerada, transformando o Brasil em um dos principais responsáveis pela segurança alimentar do planeta.

Negligenciar o agronegócio é omissão imperdoável.

Em adição, há um consolidado apelo ambiental mundial pela utilização de energias limpas, garantindo-lhes investimentos a baixíssimo custo.

No âmbito doméstico, percebe-se boom no setor de infraestrutura, com manutenção e recuperação da malha rodoviária e ampliação do modal ferroviário de 15% para 31% de participação no transporte de cargas no país, para os próximos cinco anos. Nos EUA, por exemplo, as ferrovias transportam 35% do volume total de cargas.

De todo modo e em todas as áreas, a recuperação dos municípios requer medidas administrativas enérgicas para enfrentar, principalmente, o desemprego e a consequente informalidade, a baixa produtividade e o desamparo social.

Importa saber, entretanto, que mesmo com incontáveis adversidades, há interessantes rotas para o desenvolvimento à disposição dos municípios. Contudo, a inquestionável priorização do crescimento econômico deve estar atrelada ao equilíbrio fiscal, formatando políticas públicas ousadas que, ao mesmo tempo, considerem um mínimo de resiliência.

Concluindo, as soluções passam por complexos modelos e sofisticadas engrenagens que o eleitor consciente certamente vai levar em consideração.



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