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ALGO DE PODRE NO REINO DO BRASIL II

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POLÍTICA

OPINIÃO

O país está vivendo um surreal, para não dizer criminoso, clima político.

O surgimento do vírus Covid-19 oportunizou a articulação de uma espécie de organização clandestina, que se move no submundo das instituições e tenta, de todas as formas, desestabilizar o governo federal.

Esse marginal processo se iniciou por suspeitas na super notificação de óbitos por Covid-19, suportando a intencional e aterrorizante divulgação de uma incontrolável pandemia e terminou com o aético e teatral pedido de exoneração do ex-Ministro Sérgio Moro, via midiático pronunciamento.

Atos da tragédia brasileira.

A causa de todo esse concentrado esforço ainda é nebulosa, mas certamente passa pela retirada da zona de conforto de grande parte dos poderosos atores que influenciavam a vida nacional.

Chegamos a um nocivo ambiente que ontem culminou com o judiciário solicitando explicações ao Presidente da República, com prazo máximo de resposta em 72 horas, sobre a nomeação para um cargo de prerrogativa constitucional do Presidente da República.

Alterações em equipes fazem parte de qualquer cotidiano, mesmo não havendo acusações contra os envolvidos. São decisões administrativas. Surpreende nessa sentença o fato de tanto o funcionário exonerado, quanto o nomeado, ter passado ilibado e excelente folha de serviços prestados. Nenhum deles foi guerrilheiro, sequestrador, nem participou de assalto a banco.

Não satisfeito com a indevida intromissão, o STF, para variar em decisão monocrática, suspendeu hoje a nomeação do funcionário em questão, decidida pelo Presidente da República e publicada no Diário Oficial da União.

Os poderes são constitucionalmente independentes, exceto o Executivo.

Preocupa a percepção de que todos os limites morais e legais estão sendo ultrapassados, paradoxalmente sempre em defesa do que chamam “democracia”.

No rastro desse vale tudo, a desordem é valorizada, os valores são invertidos, a economia do país perde a força de recuperação e a incerteza no futuro ganha intensidade.

Algo de muito podre adquire mobilidade nas entranhas do país.

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