Política & Negócios
Artigo
Com Hélio Mendes
Azul & Quântica
Se tem algo que mantém as empresas competitivas é a inovação de valor.
Nos últimos anos, duas teorias se destacaram nesse aspecto: a Estratégia do Oceano Azul e, nas áreas de planejamento e gestão, a Quântica.
W. Chan Kim e Renée Mauborgne, autores da Estratégia do Oceano Azul, mostram que o caminho é criar ou buscar novos mercados, tornando a concorrência irrelevante, estabelecendo uma Nova Matriz ou Teia de Valores.
A Quântica, que vem da Física, hoje aplicada em diversas áreas, mostra como ampliar nas empresas a sua capacidade de expansão, afirmando que as organizações são energia e o mundo material é uma realidade criada pelas pessoas, e tornando as organizações mais humanas e eficazes.
Ambas defendem pontos em comum: a Azul, uma Matriz de Atributos, diferentes ou novos, não adotados pelos concorrentes, sejam produtos ou serviços.
A Quântica preconiza que as ideias e os valores que o cliente cultiva ou espera encontrar estão disponíveis, identificados no relacionamento, quando se tem uma conectividade com tudo. Para que aconteça, a sociedade das organizações tem que ser vista de forma diferente, como um organismo vivo, o que é possível com novos conhecimentos.
O que seriam esses novos conhecimentos? Práticas que vêm da Física Quântica, colocadas por Gerald Harris, que são: pensamento além da dualidade (não há apenas duas possibilidades); a incerteza é inevitável; os objetivos terão que ser móveis, em razão do ambiente de alta incerteza; além dos itens espaço e tempo; e a constatação de que nem sempre há uma sequência lógica nas decisões empresariais.
As duas teorias se completam, pois, quando uma foca o mercado, a outra coloca o ser humano como protagonista da criação da realidade, partindo de uma nova visão do mundo, considerando que pessoas e organizações são energias.
Hélio Mendes – Professor e Consultor de Planejamento Estratégico e Gestão nas áreas privada e pública www.institutolatino.com.br
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