A campanha de Bolsonaro é única, um fenômeno sem precedentes na história brasileira.
Como uma campanha sem um único comitê central, sem “marketeiro”, sem material de divulgação, sem identidade visual definida e sem dinheiro consegue liderar com folgas a corrida presidencial?
O que aconteceu no último fim de semana ao redor do país, com carreatas e comícios organizados espontaneamente pelo povo e por alguns candidatos sem grande expressividade, é simplesmente impressionante. Pela primeira vez na história é o povo que está conduzindo o candidato ao poder. Não existe uma determinação partidária que indique as ações e manipule os militantes, mas apenas uma proposta, um pacto que une a todos (candidato e eleitores).
Desconheço um fenômeno tão claramente popular e tão descentralizado. Nunca um candidato representou tão bem os seus eleitores e nunca os eleitores foram tão decisivos para a vitória do candidato.
Se ainda existisse jornalismo no Brasil, essa seria a pauta mais explorada durante as eleições.
Por Sávio Mota