C&T PARA O DF E PARA O BRASIL
Está chegando a hora da ciência e das inovações tecnológicas no Brasil.
O Presidente eleito Jair Bolsonaro sinaliza especial ênfase nas políticas de desenvolvimento de ciência e tecnologia. Concordamos na totalidade com o pensamento de Tatiana Palermo (Assessora Especial da Secretaria-Geral da Presidência da República) que, ao analisar estudo de Paul Romer (Universidade de Nova Iorque), avaliza a relevância de fatores endógenos na origem da evolução econômica. Fica, então, muito claro que a criação de novas ideias alimenta o crescimento econômico, que passa a ter uma forte componente de evolução tecnológica.
Diante desse incontestável fato, evidencia-se fundamental o investimento em ciência e tecnologia e, principalmente, em capital humano, indispensável fator de conhecimento.
Sem capacitação, estaremos fadados à mão-de-obra para produção de bens de consumo.
Romer demonstrou em seu estudo que o capital humano dedicado à pesquisa é significativamente mais denso nos países mais desenvolvidos.
Essa assertiva não expressa somente que países mais desenvolvidos investem mais em C&T, mas, também e especialmente, que países que mais investem em C&T se tornam mais desenvolvidos. Há diametral diferença entre investimento em produção e investimento em capacitação. Investimento em capital físico aumenta a produção. Investimento em capital humano aumenta a produtividade e é isso que nos garantirá competitividade.
Exemplo relevante de excepcional resultado com investimento em capital humano pode ser facilmente encontrado no Brasil. A criação da Embrapa, em 1973, impulsionou o país de grande importador para uma das principais lideranças na exportação de alimentos.
As pesquisas em C&T desenvolvidas na Embrapa foram irradiadas para o agronegócio nacional, transformando-o no sustentáculo de nossa economia. Esse modelo pode e deve ser aplicado a outros setores da economia brasileira e, em particular, do DF.
O Distrito Federal não pode se manter a margem dessa evolução que se desenha com a posse do novo governo central.
Políticas públicas que atraiam empresas e centros de P&D devem ser fortalecidas, juntamente com construção de atualizados modelos de política industrial para a região e potencialização científica do Ensino Superior e do Ensino Técnico. Há que se proporcionar intensa sinergia entre o desenvolvimento tecnológico e o processamento industrial, ao mesmo tempo em que se deverá acompanhar pari-passo os avanços e as ações elaboradas pelo governo central com forte participação nos eventos, visando manter minimamente atualizado o capital humano do DF.
Isso, se não for política do GDF competir na liderança do avanço científico. A proximidade física entre a União e o GDF facilita ações conjuntas e complementares que contribuirão para a evolução tecnológica e econômica do DF e do Brasil.
A OPORTUNIDADE É ÍMPAR
Deputado Distrital eleito Daniel Donizet - PRP/DF
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