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GENERAL PAULO CHAGAS: POLÍTICA EXTERNA E DEFESA NACIONAL

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POLÍTICA EXTERNA E DEFESA NACIONAL

Por General Paulo Chagas



Caros amigos
A partir de 1967, por força do movimento desenvolvimentista iniciado em 1964, os temas econômicos assumiram a vanguarda da agenda diplomática brasileira.
O governo do Presidente Ernesto Geisel (1974-79), baseado e no fim do alinhamento com os EUA e das condicionantes ideológicas da Guerra Fria, iniciou uma nova fase da política externa que se usou chamar de “pragmatismo responsável”.
Com a queda do Muro de Berlim, ganhou força a ideia de que uma única superpotência (EUA) conduziria a uma nova ordem mundial pacífica, baseada na liderança hegemônica de um só país. Pensamento este abalado em 11 de setembro de 2001 com o ataque terrorista ao território americano.
Nas últimas décadas, problemas como proteção ambiental, direitos humanos, migrações, tráfico de drogas, terrorismo e comércio ilegal de armas adquiriram particular importância nos foros mundiais, passando a ocupar a pauta das relações internacionais.
Passou-se a preconizar que estas questões já não competiam ao arbítrio dos estados nacionais, devendo merecer um controle jurídico e moral de alcance global. A diplomacia coercitiva, utilizada no âmbito de negociações comerciais para modificar a conduta dos países em relação àqueles problemas, também ampliou seu espaço.
O Brasil, evitando qualquer possibilidade de atrito com os interesses estrangeiros, descurou-se do seu Poder Militar e chegou a estes tempos sem poder de barganha, pondo em risco até a soberania nacional.
Para reverter este quadro, o País precisa agora de uma Política Externa conveniente, eficiente e eficaz que, apoiada em uma Política de Defesa realista e corajosa, represente efetivamente a vontade de conquistar e manter os Objetivos Fundamentais da Nação.
Para isso serão necessárias Forças Armadas adequadamente equipadas, devidamente adestradas e aprestadas, e a vontade soberana e responsável da Nação para rever acordos e posturas adotadas sob a pressão de interesses não identificados com os anseios de grandeza e de independência que o Brasil legitimamente aspira.
As condições geoestratégicas do País exigem uma posição de liderança regional e atitudes proativas que construam as melhores condições para garantir uma presença mais efetiva no cenário mundial e a defesa dos interesses nacionais.
A conquista desta posição e a tomada destas atitudes passam, necessariamente, pelo incremento do Poder Militar, pela reformulação da estrutura legal interna e pelo reestudo de tratados e de acordos internacionais assinados no curso das últimas décadas.
General Paulo Chagas


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