Governadores e prefeitos e as duas crises
Escrevo muito sobre empresas e pouco sobre política, por ser um tema que, por mais cuidado que se tenha, causa controvérsia e desgastes desnecessários. Porém, o momento exige de todos o pensar sobre o que está acontecendo.
Tem aumentado a distância entres governantes e governados, isso não é bom, porque os eleitores votaram para que os eleitos façam a vontade daqueles que os colocaram no posto.
É importante neste momento os nossos representantes lembrarem-se dos conselhos de Machiavel: “A um príncipe é necessário ter o povo como amigo, pois, de outro modo, não terá possibilidade na adversidade”.
Estamos vivendo um momento de adversidade, sem sintonia entre parte significativa da população e os poderes constituídos. É visível que as práticas proibitivas não estão tendo aceitação. O maior erro que um governante pode cometer é o de ir contra quem o elegeu.
Em um país democrático não pode haver práticas autocráticas, é incoerente; muitos têm agido assim porque estão mal assessorados.
Voltando a Machiavel, “o primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os homens que tem à sua volta”. A maioria das nossas autoridades tem sido orientada pela área da saúde, deixando em segundo plano as recomendações da área econômica – mas ambas merecem atenções igual neste momento.
Em que pesem os fatos, os governantes devem atender aos seus representados. De forma geral, não é isso que tem ocorrido. E, caso não aconteça, eles deixam de ser governantes.
Hélio Mendes – Consultor de Estratégia e Gestão, professor da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, com curso de Negociação pela University of Michigan, Gestão Estratégica pela University of Copenhagen e Fundamentos Estratégicos pela University of Virginia. [email protected] – www.institutolatino.com.br
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