POLÍTICA & NEGÓCIOS
HÉLIO MENDES
CONFIANÇA É TUDO
Base de um relacionamento, seja pessoal, seja empresarial ou governamental. Confiança é tudo.
E quando vamos falar de confiança, temos como obrigação citar Stephen Covey, o qual preconiza que confiança é resultado de competência e caráter.
Competência está ligada a resultados e caráter, a integridade.
É muito normal ouvir: “Este é um funcionário ético, honesto, conheço há muitos anos”. Mas é competente, são avaliados os seus resultados?
Qual a contribuição que ele tem dado para a organização hoje e dará no futuro?
Também é normal ouvir: “Este funcionário obtém excelentes resultados”. Mas ele é considerado íntegro por seus fornecedores, clientes e pelos acionistas?
O que tem levado as empresas a criar controles e processos muito acima do normal, burocratizar a estrutura, aumentar os custos?
É a falta de confiança. E estamos em um país sui generis, quando falamos de confiança.
Tive a oportunidade de acompanhar o Ministro da Desburocratização, Hélio Beltrão, em visita a uma empresa. Um homem obstinado, mas pragmático.
Guardei uma de suas frases: “Talvez o resultado da perda com a burocracia seja maior do que o lucro que a empresa obtém”. Algo a pensar: por que temos tantos controles?
Por que os processos são lentos, por que tantos níveis no organograma, tantas assinaturas, tantos retrabalhos? Tanta falta de confiança? Por quê?
Vale a pena utilizar a fórmula simples de Covey: baixa confiança = baixa velocidade, maior custo. Alta confiança = alta velocidade, menor custo.
Ele dá um bom exemplo: “Antes do 11 de setembro nos EUA, costumava chegar ao aeroporto aproximadamente meia hora antes da decolagem, e passava rapidamente pelo controle de segurança. Mas depois desse dia, com os novos procedimentos e sistemas, é necessário chegar uma hora e meia antes”.
Confiança é um valor que deve ser exigido em cada relacionamento e precisa ser levado mais a sério nas organizações.
Não há como construir estratégia competitiva sustentável com baixa confiança.
Se não tem confiança, não contrate, não faça negócio, porque há risco quando não se tem caráter e competência – ou seja, confiança.
Hélio Mendes Professor e Consultor de Planejamento Estratégico e Gestão www.institutolatino.com.br
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