- PUBLICIDADE -

HÉLIO MENDES: ELEIÇÃO 2022

- PUBLICIDADE -

 

As redes sociais mudaram o início das campanhas, que acontecia depois do Carnaval do ano eleitoral. Agora, os presidenciáveis já estão em campanha e muitos dos senadores, deputados e demais políticos, “na moita”, para apoiar os que tiverem mais chance – e não os que forem de acordo com sua ideologia ou melhores para o Brasil.

Antes da internet, éramos manipulados pelas mídias tradicionais, pelas pesquisas e por lideranças locais. Hoje os eleitores são manipulados através das redes sociais.

Mas, algo melhorou, e muito! Temos informações, o eleitor pode pesquisar nessas mesmas redes o histórico dos candidatos, pode questioná-los diretamente, todos têm voz – apesar de os donos do País quererem controlar as redes.

A classe política se protegeu nos últimos anos, passou a ter maior controle dos partidos, só deixando ser candidatos os que não forem ameaças para o esquema perverso que eles criaram; não aceitam candidatura avulsa; estabeleceram o imoral fundo partidário e o orçamento impositivo.

Esses mecanismos têm garantido a permanência deles no poder. Se não bastasse, ainda há as mudanças casuísticas na lei eleitoral, que realizam um ano antes das eleições, com objetivo de aperfeiçoar o maquiavélico modelo de sustentação.

Os prefeitos, que de fato são os principais entes políticos, pois são responsáveis pelos municípios, local onde tudo acontece, são reféns hoje deste padrão, e agora tal prática chegou às Câmaras Municipais, onde, em algumas cidades, aprovaram o legal – mas imoral – orçamento impositivo, recursos para manter os vereadores no poder e pressionar o Executivo, como acontece no plano federal.

Entretanto, esse modelo, ao contrário do que os políticos pensam, não tem sustentação no longo prazo, porque as redes sociais que hoje os elegem serão também as que irão tirá-los da zona de conforto. São poucos os que podem andar pelas ruas e ser cumprimentados, como acontecia com esses indivíduos em um passado recente.

A maioria dos políticos hoje não irá “cair de maduro”, mas são frutas que apodrecerão no pé. Os eleitores de 2022 podem errar por falta de opção, mas estão conscientes do que está acontecendo. Prova disso é que a classe que mais perdeu credibilidade é a política. E não devia ser, pela importância que tem para o País.

 

Hélio Mendes: Consultor de Estratégia e Gestão, professor da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, com curso de Negociação pela University of Michigan, Gestão Estratégica pela University of Copenhagen e Fundamentos Estratégicos pela University of Virginia. [email protected] – www.institutolatino.com.br

 

[email protected] www.revistadiaria.com.br
- PUBLICIDADE -

Últimas notícias

Notícias Relacionadas