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HELIO MENDES: A ESTRATÉGIA GEOPOLÍTICA EM TRANSFORMAÇÃO

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A ESTRATÉGIA GEOPOLÍTICA EM TRANSFORMAÇÃO

 

 

Por Hélio Mendes

Estamos na fase final do estudo geopolítico da região do café mineiro, encomendado pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado, motivada por várias pesquisas qualitativas e pelo Pilar Político do Planejamento Estratégico da instituição.

Na fase preparatória, utilizamos referências bibliográficas vindas da Escola Superior de Guerra e outras usadas em diferentes países. A ênfase dada por tais fontes é no fato de que os estudos nesta área sempre tiveram por base a relação política e terra.

O General Carlos Meira Mattos conceituou: “Geopolítica é a arte de aplicar a política nos espaços geográficos”.  Ratzel afirma que “espaço é poder”. Esses conceitos têm embasado os principais estudos até agora. Mas, considerando que para ter poder, ou mantê-lo, necessita-se de informações, a internet passa ser o novo fator estratégico, em quantidade e velocidade, unindo todos os continentes em tempo real.

A era virtual está modificando esses conceitos, ou melhor, ampliando-os. Vivemos um novo momento da nossa história. As últimas eleições nos Estados Unidos da América e no Brasil sofreram interferência de outros países – através das redes sociais, no caso americano; ou de quem mora fora, em relação ao Brasil. A tecnologia da comunicação passou a ter um peso significativo na busca pelo poder.

Entretanto, vale lembrar que o crescimento da Inglaterra se deveu ao poder naval. A estratégia adotada pelos americanos inicialmente foi também o investimento na Marinha.

A área de Inteligência nas empresas e nos governos é muito importante. Ambos os setores terão que adotar estratégias geopolíticas diferentes para continuar tendo a eficácia desejada.

Tomemos como referência Eric Schmidt. Em 2013, o presidente executivo do Google afirmou que “o avanço da conectividade terá um impacto que vai muito além do nível pessoal. As maneiras como o mundo físico e virtual coexistem, colidem e se complementam vão afetar significativamente o comportamento de cidadãos e Estados nas próximas décadas”. De fato, está acontecendo no mundo todo.

Considerando que em 2015 ultrapassamos a marca de sete bilhões de usuários de telefones celulares e que a previsão é de que até 2025 a população mundial estará conectada em tempo real, já que informação é poder, temos que levar em conta que os estudos geopolíticos terão que ser revistos. Tudo indica que algo deva ser considerado mais do que era antes: “Sua Excelência, a tecnologia da comunicação”.

Mas, temos ainda alguns desafios: o fator cultural, o pouco conhecimento do potencial das redes – porque a maioria já as utiliza, mas conhece de forma ainda superficial a sua infraestrutura. Já tivemos um grande avanço, mas dá para utilizar muito mais. Há uma certeza: não podemos mais analisar o poder apenas pelo aspecto político e físico. E a tecnologia da comunicação tem mostrado que tudo está apenas começando.

 

Hélio Mendes é professor e consultor de Planejamento Estratégico e Gestão nas áreas privada e pública. www.institutolatino.com.br


www.revistadiaria.com.br

[email protected]


 

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