POLÍTICA & NEGÓCIOS
TRIPÉ DESEQUILIBRADO
Com Luiz Bittencourt
A voz das urnas foi clara ao bradar sua preferência por uma nova ordem moral. Os Poderes da República estão devidamente informados e devem se adequar as atuais escolhas da sociedade.
O Poder Executivo eleito representa radical guinada na política vigente, incorporando valores éticos, morais e compromisso com a nação, até então ausentes. As solenidades de posse dos Ministros de Estado, especialmente as dos Ministros da Economia, da Justiça e das Relações Exteriores deram o tom da determinação e da direção agora implantadas. Abandonou-se o politicamente correto e as orientações ministeriais passaram a ser diretas, sem meias palavras, renunciando de vez à nefasta e corriqueira prática do faz de conta.
No caso do Poder Legislativo, as urnas reduziram a modulação e proporcionaram uma relevante, mas parcial renovação. A moderação na intensidade é consequência da estreita ligação desse Poder com currais eleitorais regionais, fomentando a sobrevivência do status quo.
Como resultado já se percebem articulações para as eleições das Mesas das Casas Legislativas (Câmara dos Deputados e Senado Federal) utilizando as velhas e condenáveis práticas, agora um tanto quanto dificultadas pelo esgotamento da fonte de recursos pelo ensaio de extinção do “toma lá, dá cá”. O velho se mistura ao novo e o caldo certamente não será saudável ao país.
Já o Poder Judiciário encontra-se conceitualmente defasado e na contra mão dos anseios da nação. Arcaico na essência, idolatra o passado e rejeita atualizações. Perdulário e suntuosamente exigente, o Judiciário, exatamente como os outros dois Poderes, vive exclusivamente de recursos da sociedade e, impiedosamente, despreza seus(dela) valores em suas sentenças.
Em um país que redescobre valores éticos, tenta se modernizar e se lança na competição internacional com base na tecnologia e na inovação, o Judiciário termina por não fazer parte do crescimento do Brasil. A defasagem e o descompasso com os sonhos da sociedade podem perturbar a segurança pública e criar problemas para o desenvolvimento econômico do país. Já é voz geral que o Brasil cresce, apesar do Judiciário.
Indesejável o atual desequilíbrio existente entre os Poderes.
www.revistadiaria.com.br
DEUS NO COMANDO DE TUDO!