POLÍTICA
ARTIGO com Luiz Bittencourt
VIA DUTRA E O FUTURO BARRENSE
Implementando recuperação do sistema viário brasileiro, o governo federal decidiu investir em diversos contratos de concessão rodoviária, sendo um deles o da BR-116 (Via Dutra), que expira em 29 de fevereiro de 2021, ligando o Rio de Janeiro a São Paulo.
Para receber sugestões ao estudo elaborado pelo governo, a Agência Nacional de Transporte Terrestre – ANTT organizou três audiências públicas ( 13/01 em Brasília, 15/01 no Rio de Janeiro e 17/01 em São Paulo), para as quais convidou os prefeitos dos municípios que serão de alguma forma impactados pelos investimentos. Contribuições podem, ainda, ser encaminhadas até dia 03/02/2020.
Nessa proposta de evolução da rodovia, estão previstos 40 Km de estradas marginais, iluminação de LED, duplicação de 235 Km, diversas melhorias como passarelas, áreas de descanso, etc., além de remanejamento e adição de novas praças de pedágio (em Barra Mansa, por exemplo).
Essa é uma via de excepcional importância para Barra do Piraí, pois representa a singular alternativa de deslocamento do barrense para as capitais Rio de Janeiro e São Paulo, além de afetar diretamente o único escoamento das possíveis produções que se pretende para o futuro no município.
Essa relevância não permite desleixo por parte das administrações municipais, sob pena de provocar incalculáveis prejuízos para o futuro econômico da região.
Alguns prefeitos, como de Barra Mansa e de Resende, legitimamente preocupados em proteger suas áreas de influência, já estão se manifestando.
Grave é o total desinteresse que domina Barra do Pirai, sobre as prováveis alterações que ocorrerão na mobilidade do barrense.
Displicências desse padrão explicam, em parte, as intransponíveis dificuldades que travam o desenvolvimento econômico da cidade.
A supervalorização do varejo, importante, menos pelo voto que agrega, mas principalmente pelo bem estar que promove, culmina por negligenciar, por completo, ações estruturantes que constroem e garantem a evolução econômica do município.
Mobilidade e escoamento da produção são variáveis que impactam ações estruturantes.
Seria muito importante o barrense saber que correções o município oferece para a nova concessão da Via Dutra.
Luiz Bittencourt – Eng. Metalúrgico/UFF; M. of Eng./McGill University/Montreal/Canadá; Pós-graduado em Comércio Exterior/Universidade Mackenzie/SP.