PINGA FOGO com Luiz Bittencourt
#A vergonha no limite
Pesquisa do Instituto Paraná, elaborada para o Diário do Poder de Claudio Humberto, revelou que ex-presidente Lula obteve, de 26% dos entrevistados, a justa honra de liderar os políticos que envergonham os brasileiros. Vice-liderança ficou com Presidente Michel Temer (20%), seguido de Aécio Neves (11%). A injustiça cometida pela amostra utilizada começa com Sérgio Cabral que, inexplicavelmente, ficou na quarta posição (10%), incompatível com seu impecável desempenho. O ex-governador do Rio de Janeiro tem qualificação e competência para disputar sempre o primeiro lugar, independente do concorrente. Ex-presidente Dilma conquistou o quinto lugar (8%) e, para sua alegria, superou Eduardo Cunha (5%). Menos votados seguem-se os Senadores Gleisi Hoffmann e Renan Calheiros.
#Ministro Gilmar Mendes tem razão.
Depois do julgamento que restringiu o foro privilegiado, Ministro Gilmar Mendes questionou o ganho de celeridade que resultará da decisão da Suprema Corte. Argumentou com a hipótese de poderoso político do Nordeste sendo investigado pela comarca local e concluiu com fortuito brilhantismo: “a justiça criminal brasileira não é a 13ª Vara Federal de Curitiba.” Acertou em cheio! A 13ª Vara Federal de Curitiba é ponto fora da curva! É o modelo com o qual a sociedade brasileira sonha! Ministro Gilmar Mendes atirou no que viu, acertou no que não viu e, involuntariamente, fez justiça a quem trabalha de forma competente, honesta e responsável, observando padrões éticos de comportamento. Indiscutível exceção à regra. As outras Varas Federais, construtoras do viciado padrão nacional, que se inspirem no exemplo inadvertidamente reconhecido pelo Ministro Gilmar Mendes.
#Insuportáveis subsídios
Nos últimos 15 anos, segundo informação do jornal Valor Econômico baseada em relatório divulgado pelo Tesouro Nacional, os mais diferentes programas do governo federal concederam entre benefícios tributários, financeiros e creditícios a inacreditável soma de R$ 4 trilhões, inaceitável para um país de limitados recursos, diuturnamente sob intenso ataque de profissionais da corrupção. Apesar da salutar pretensão de produzir redução de preço ou de custos, a overdose de subsídios desequilibra as contas públicas. Se, em adição, forem mal concebidos e/ou administrados com deficiência, fracassam terminando por onerar o contribuinte que, no frigir dos ovos, sempre paga a conta. Há que se construir cultura de respeito e parcimônia no trato de recursos públicos.
Luiz Bittencourt é Presidente da LASB Consultoria