OPINIÃO
Começa a tomar forma o cardápio de candidatos a Prefeitura do município do Rio de Janeiro. Partidos insistem em oferecer antigos e conhecidos políticos, eliminando a esperança do carioca.
Começamos pelo atual prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), recém investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Civil por desvios na área da saúde e indevida interferência em cargos estratégicos da administração pública. Para complicar, o presidente de seu partido foi preso.
A seguir, temos o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), réu em processo de corrupção, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro durante sua campanha pela reeleição a prefeitura do Rio de Janeiro em 2012. Eduardo, foi muito ligado ao ex-governador Sérgio Cabral, administrava o Rio por ocasião das Olimpíadas na cidade e todos conhecemos a metodologia utilizada, tanto para vencer a concorrência, quanto para gerir o evento, culminando com um incompatível legado.
Ontem, o PROS lançou sua candidata a Prefeitura, Clarissa Garotinho, filha de Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho, ex-governadores do estado do Rio de Janeiro e presos algumas vezes.
O PTB está em vias de lançar Cristiane Brasil, presa ontem por corrupção.
Já o PT deve lançar Benedita da Silva, ex-governadora do estado do Rio de Janeiro, que já teve no passado os bens bloqueados e o sigilo bancário quebrado, acusada de improbidade administrativa.
Essa pequena seleção dos candidatos mais badalados a prefeitura do Rio de Janeiro nos fornece uma representativa amostra das opções a disposição dos eleitores cariocas.
O desastre ultrapassa a prefeitura e alcança também as candidaturas a vereador. Pelo noticiário fluminense, há grande chance de um partido político lançar, para vereador, Denis Furtado, famoso “Dr. Bumbum”, cirurgião plástico, réu por homicídio doloso e prática ilegal de medicina.
O que leva partidos políticos a selecionar e apoiar candidaturas com esses padrões de comportamento?
Escolhas, definitivamente, injustificáveis.
Há cidadãos cariocas honrados, capacitados e disponíveis para enfrentar o desafio de uma eleição e para transformar o amanhã do Rio de Janeiro, mas são ignorados pelas orientações partidárias, cujas indicações vêm se constituindo, ao longo do tempo, em verdadeiras aberrações.
Ao eleitor não é permitido se desvencilhar dos partidos políticos.
As chances do Rio de Janeiro lentamente se esvaem.