POLÍTICA
ARTIGO
Com Luiz Bittencourt
O BRASIL E O RIO
Nove meses foram suficientes para o governo federal articular a aprovação da reforma da previdência, avanço relevante para a criação de ambiente atrativo de investimentos, emprego e renda.
Mesmo com a deturpação do texto obtida durante tramitação no Congresso Nacional, resultando em economia de R$ 800 bilhões, em 10 anos, 33% a menor do que o texto original previa, a aprovação da reforma repercutiu no mercado, promovendo recorde na Bolsa de Valores, atingindo 107 mil pontos, queda do dólar e confiança no empresariado.
Consequentemente, o país já recupera emprego, atrai investimentos com privatizações, avança na recuperação da infraestrutura e sinaliza para uma significante produção de grãos.
A agenda oficial avança, complementando a vitória já alcançada com articulações para as reformas administrativa, tributária e política, alicerçando segurança jurídica e ambiente de negócios para a recuperação da economia.
O horizonte brasileiro é luminoso.
Enquanto isso, o Rio de Janeiro locomove-se no sentido contrário.
No mesmo dia da aprovação da reforma da previdência, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou, por expressiva votação, a libertação de cinco deputados que estavam presos, por um desdobramento da Operação Lava Jato, envolvidos em esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e loteamento de cargos públicos em órgãos do Governo do Estado.
Investidores não se sentem seguros para investir em Estado com parlamentares que legislam em benefício da delinquência.
Já o executivo estadual, em pleno Regime de Recuperação Fiscal, necessário pela situação falimentar do Estado, não segue o exemplo de diversos governos estaduais, em situações econômicas mais saudáveis do que o Rio de Janeiro, que elaboram ajustes para reduzir o peso da folha de pagamento e de regimes de aposentadoria em seus caixas.
Enquanto a reforma administrativa já é articulada em responsáveis estados da Federação, o governo do estado do Rio informa que não tem plano para essa finalidade e ainda discute promoções para servidores do Tribunal de Justiça estadual.
O horizonte fluminense é nebuloso, para não dizer trágico.
Luiz Bittencourt – Eng. Metalúrgico/UFF; M. of Eng./McGill University/Montreal/Canadá; Pós-graduado em Comércio Exterior/Universidade Mackenzie/SP; Consultor em Relações Institucionais; Diretor da LASB Consultoria –[email protected]
www.revistadiaria.com.br
