POLÍTICA & NEGÓCIOS
ARTIGO
Com Hélio Mendes e Luiz Bittencourt
O COURO E A AMAZÔNIA
Se alguém perguntasse a qualquer pessoa qual a relação entre a indústria de processamento de couro e a possibilidade de um pressuposto desmatamento da Amazônia, a resposta certamente seria: nenhuma. E não há dúvida de que a resposta estaria correta.
Pois bem, a necessidade de manter divulgado o falso mantra da negligência brasileira com a floresta amazônica, o que passaria a exigir uma fiscalização internacional sobre a gestão da mata, mobiliza organismos internacionais interessados em administrar a enorme quantidade de recursos disponibilizados em todo o planeta, excessivamente receosos com o dubitável aquecimento global, a emissão de gases efeito estufa e a oferta de proteína animal.
A eleição do Presidente Bolsonaro no Brasil está a lhes fornecer o esperado mote para alavancar a obtenção de recursos e mobilizar instituições utilizando o falso argumento da iminente destruição da floresta.
O mecanismo internacionalmente instituído, possuidor de invejável capilaridade e construído a base de intermináveis recursos, mostra-se inquieto com a aproximação de um tempo de vacas magras e já se movimenta na cooptação de parceiros que possam servir aos seus objetivos.
O governo Bolsonaro já sinalizou para uma gestão ambiental equilibrada entre a proteção ambiental e o desenvolvimento econômico. O Brasil precisa dessa harmonia e dela se beneficiará.
Mesmo assim, nessa semana houve manifestação de um articulista internacional, umbilicalmente envolvido com o processamento de couro, alertando sobre a cumplicidade da indústria curtidora brasileira em um hipotético desmatamento da Amazônia.
A estratégia dos ambientalistas não evolui, pois o resultado tem sido positivo, mantendo a captação de recursos que garante sobrevida ao mecanismo.
Inicialmente, o mencionado autor precisa entender que a floresta amazônica, que se encontra em território nacional, está submetida a políticas públicas elaboradas pelo governo brasileiro. A soberania nacional será indiscutivelmente preservada.
Em segundo lugar, o Brasil comprovadamente preserva suas florestas com muito maior ênfase e eficácia do que os países ditos de primeiro mundo. O Brasil faz o que eles não fizeram.
Em terceiro lugar, a indústria do couro não tem nenhuma relação com a criação de rebanhos, atuando nas etapas posteriores do processo produtivo ao promover a reciclagem do couro e transformar lixo em riqueza. Essa é sua missão e dela, provavelmente, não se afastará.
Portanto, a intenção do mencionado autor é absolutamente clara de tentar comprometer a indústria curtidora nacional, envolvendo-a em imbróglio que em nada com ela se relaciona, e, ao ameaçá-la de cumplicidade, obter a sua amedrontada parceria contra algo que inexiste, mas que garante à corporação ambiental polpuda recompensa financeira.
Hélio Mendes e Luiz Bittencourt – Consultores empresariais e governamentais – www.institutolatino.com.br
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