POLÍTICA
ARTIGO
Com Luiz Bittencourt
O EXEMPLO VOLTA A VIR DE CIMA
A menos de um ano das próximas eleições municipais e após muitas décadas de decepções, o modelo de gestão utilizado pelo governo federal deu certo e se tornou referência e ótimo exemplo para os futuros administradores municipais.
A razão: o sucesso do Executivo é consistente e ocorreu em curto espaço de tempo.
Dez meses foram suficientes para a União reduzir a inflação, a paridade do dólar americano e a taxa de juros, promover recordes na Bolsa de Valores, zerar o risco Brasil, encolher o tamanho do Estado (extinção de milhares de cargos comissionados e aceleração do processo de privatizações), desmontar as células de corrupção, aprovar a reforma da previdência, construir as reformas administrativa e tributária e avançar no processo de recuperação da infraestrutura nacional.
Para os modelos anteriores, o resultado parece exagerado, mas o modelo atualmente usado revela o quanto se pode avançar quando o padrão escolhido é baseado em capacitação e comprometimento.
Outra característica é o rigor na execução do modelo.
Não se percebe expressiva condescendência na sua aplicação, permitindo raríssimas flexibilizações, desde que não desvirtuem os seus princípios.
A severidade não pode ser tal que engesse as realizações, nem tão maleável que adultere os seus valores.
Então, para uma eficiente dosagem, a seleção de equipe comprometida e qualificada se tornou essencial.
A fórmula do sucesso exigiu, também, tolerância zero com influências ou negociações políticas no âmbito do Executivo.
Ao comparar com gestões anteriores, o modelo tornou possível distinguir a ineficácia provocada pelos ruídos políticos nas ações do governo.
A acareação revela, com clareza, que as gerações de emprego, riqueza, renda e bem-estar social se fragilizam, e muito, com as influências políticas.
Organização impregnou a teia de responsabilidades intra-governo, garantindo fiel cumprimento das metas e suas reavaliações.
Planejamento se tornou a base das decisões governamentais, sistematizando todo o aparato oficial na realização das mais simples tarefas.
A palavra chave passou a ser governança.
A matriz acima apresentada pode ainda ser enriquecida por liderança política, gestão, captação de investimentos, compliance, economia circular, accountability, ouvidoria e outros instrumentos de incontestável utilidade para o êxito de qualquer prefeitura.
Os futuros prefeitos têm agora, à sua disposição, modelo que, testado nas mais agressivas condições, alcançou extraordinário e rápido sucesso, o que certamente interessa o eleitor.
Luiz Bittencourt – Eng. Metalúrgico/UFF; M. of Eng./McGill University/Montreal/Canadá; Pós-graduado em Comércio Exterior/Universidade Mackenzie/SP; Consultor em Relações Institucionais; Diretor da LASB Consultoria –[email protected]
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