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PINGA FOGO: ESTELIONATO ELEITORAL QUE JÁ ENFASTIA O ELEITORADO

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POLÍTICA&NEGÓCIOS COM LUIZ BITTENCOURT

 

 

ENFIM, AUSPICIOSO  INÍCIO DA INTERVENÇÃO FEDERAL NO RIO DE JANEIRO

Após seis meses no Rio de Janeiro, a intervenção federal finalmente começa a oferecer resultado para a população fluminense. Apesar da extensa propaganda contrária realizada pela mídia, criticando o enfrentamento entre policiais e criminosos nas favelas cariocas, as operações começam a surtir o efeito esperado pela população. As forças policiais, ao realizarem investigações e cumprirem ordens judiciais nas favelas, são recebidas à bala pelos delinquentes e reagem à altura para cumprirem suas missões. E, para felicidade do carioca, as estão cumprindo fielmente.

Infelizmente, para trazer a segurança ao Estado, muitos enfrentamentos serão necessários, pois são muitos os bandidos e muitas as favelas que os acolhem e os protegem. Mas a esperança voltou e certamente o novo governo estadual receberá um Estado muito mais limpo e seguro.

 

ESTELIONATO ELEITORAL QUE JÁ ENFASTIA O ELEITORADO

Assistindo aos debates entre os presidenciáveis, abate sobre nós uma mistura de sentimentos que vai da angústia ao desespero, não sem antes passar pela desilusão. Apresentam-nos os candidatos, sem qualquer rubor, propostas que eles próprios sabem irrealizáveis. Há um indisfarçado compromisso com o estelionato eleitoral, como se fosse, e infelizmente o é, trivial nas eleições brasileiras. Candidatos apresentam propostas mirabolantes que começam pela extinção imediata da inadimplência e se embaralham com as tradicionais melhorias na saúde, na segurança e na educação.

Essas supostas intenções foram partícipes de todas as eleições, de 1989 para cá, e nenhuma cumprida. Espera-se que a eterna crença do eleitor tenha se esgotado.

 

A RECALCITRANTE AUSÊNCIA DE ALTERNATIVA NO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO

A disputa eleitoral para o governo do Estado do Rio de Janeiro representa um vazio de esperança para o eleitor fluminense. Pela pesquisa Datafolha de hoje lideram as intenções de votos os candidatos Eduardo Paes com 18%, Romário com 16% e Anthony Garotinho com 12%. Os outros representam 5% ou menos no desejo do eleitorado e, em princípio, não terão chance. Passando ao largo da desconfiança que emerge das pesquisas, fica evidente a manutenção do status quo no Estado. Eduardo Paes, sabemos todos, é parte integrante do núcleo de sustentação dos governos Sérgio Cabral e Pezão, em intensa articulação com Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi.

É preciso muita ingenuidade para não prever a continuidade dos desmandos dessa brilhante, competente e ativa equipe. Garotinho também é conhecido de todos, não participa do mencionado time porque é o líder de sua própria equipe, disputando as mesmas ações. Surge, então, Romário, ex-jogador de futebol, ex-deputado e atual Senador da República, onde, parece, aprendeu rapidamente a forma de fazer política no Brasil. Representa, por isso, o novo com formato antigo. Resumo da ópera: não há expectativa de solução política para o Estado do Rio de Janeiro.

 


Luiz Bittencourt é Presidente da LASB Consultoria. Engenheiro Metalúrgico pela UFF é Master of Engineering – McGill University – Montreal/Canadá e Pós Graduado em Comércio Exterior pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. e-mail: [email protected]


 

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