POLÍTICA&NEGÓCIOS COM LUIZ BITTENCOURT
JUSTIÇA NA CONTRAMÃO
Não é de hoje que ocorre uma abissal dicotomia entre as cortes superiores (STF e STJ) do judiciário brasileiro e os magistrados de primeira instância, apoiados pelo Ministério Público e pela Polícia Federal. Normalmente, quando investigações indicam necessidade de prisão preventiva ou temporária, para coibir ações criminosas de obstrução da justiça ou ocultação de provas, as prisões são invariável e imediatamente relaxadas pelas cortes superiores. Ontem, por exemplo, todos os treze presos envolvidos em corrupção no Ministério da Agricultura, capitaneada pela turma da empresa JBS, foram libertados por habeas corpus rapidamente outorgados pelo STJ.
Essa atitude do judiciário não faz sentido em um país dominado pela impunidade e pelas quadrilhas especializadas em corromper os poderes da República. Ou faz?
JOAQUIM LEVY NO BNDES E A CAIXA PRETA DA INSTITUIÇÃO
Paulo Guedes bateu pé e emplacou Joaquim Levy na Presidência do BNDES. Levy fez parte das equipes de Sérgio Cabral e de Dilma Roussef o que, convenhamos, macula qualquer curriculum. Mesmo assim, Paulo Guedes insistiu, avalizou, concedendo-lhe voto de confiança para a composição dos Chicagos’ Boys na equipe do novo governo. Lembremo-nos de que a promessa de campanha do candidato vencedor foi abrir a caixa preta do BNDES na primeira semana de governo.
Considerando a possibilidade de modulação da abertura, resta ao país acompanhar sua execução e exigir abertura total nas operações sigilosas do BNDES.
NOVOS GOVERNOS E DÉFICITS NAS CONTAS PÚBLICAS
Os novos governos dos principais estados da federação (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e Rio Grande do Sul) e do DF receberão, já na posse, elevadas contas não pagas pelo governo anterior. Essa nociva prática de produzir déficit fiscal é recorrente e resultado da utilização dos recursos públicos para a manutenção do poder, desviando-os para compra, direta ou indireta, de votos. Representa ilícita habilidade que precisa ser urgentemente extinta das atividades públicas, pela rigorosa punição daqueles que dela fizerem uso.
As leis brasileiras são extremamente lenientes com seus transgressores, garantindo impunidade e fomentando ações criminosas. O BRASIL PRECISA MUDAR.
IMPORTAÇÕES MAIS BARATAS
Área econômica do governo eleito estuda a redução/eliminação de tarifas de importação que desnecessariamente oneram empresas e consumidores. A proteção tarifária vigente ultrapassa os limites da normalidade e resulta de forte ação de lobby, apresentando como maior beneficiária a indústria automotiva (automóveis, caminhões e ônibus). Estima-se e espera-se que o governo Bolsonaro expanda a abertura da economia brasileira, fomentando ganhos de produtividade doméstica para competir no mercado internacional.
Segundo estudo do IPEA, em cenário de tarifa zero e livre concorrência o potencial de economia alcança R$ 130 bilhões. O BRASIL VAI MUDAR.
www.revistadiaria.com.br