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PINGA FOGO: POBRE ESTADO DO RIO DE JANEIRO

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POLÍTICA&NEGÓCIOS COM LUIZ BITTENCOURT 

 

ITAMARATY IDEOLÓGICO

Donald Trump, com seu estilo direto, resolveu comentar sobre as relações comerciais dos EUA com o Brasil, durante entrevista coletiva, e, como é do seu feitio, sugeriu que o Brasil é injusto com as empresas norte-americanas, reclamando que cobramos delas o que queremos e que somos duríssimos nas negociações com eles. Obviamente, essa declaração integra uma estratégia para renegociar condições, promovendo maiores ganhos para suas empresas, o que faz parte do jogo. O Palácio do Planalto, sabiamente, não se manifestou sobre a declaração, porém o Ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, perdeu uma ótima oportunidade de ficar calado e rebateu: “vindo de quem veio, tomo como elogio”. Não há mais espaço para políticos nos ministérios, que reagem dessa forma, subordinando a diplomacia e o comércio exterior à orientação ideológica.

NOVO NAFTA

A decisão do governo norte-americano de denunciar o North American Free Trade Agreement – Nafta promoveu uma renegociação no tratado e sua evolução para um novo modelo que se consolidou no pacto USMCA, reunindo EUA, México e Canadá, resultando em mercados mais livres e mais seguros, elevando a qualidade do acordo comercial e criando regras para serviços financeiros e negócios digitais até então inexistentes. Há um nítido reordenamento no comércio mundial e o Brasil precisa avaliar em profundidade sua potencialidade e ativamente participar das negociações em defesa dos interesses do produto nacional.

AUMENTAM AS CHANCES DE DECISÃO NO PRIMEIRO TURNO

O que se vê claramente é a disputa para Presidente da República limitada a dois concorrentes, um deles com recursos ilimitados, e outro sem qualquer recurso, mas com gigantesco apoio da população. Instituto Datafolha publicou anteontem pesquisa onde mostra Bolsonaro na liderança e crescendo na intenção de votos e Haddad em segundo, caindo. O mesmo fez ontem o Ibope, com similares resultados. A seguir, aparecem as candidaturas de Alckmin, Ciro, Marina e Álvaro Dias, que derretem diariamente e com irrisória chance de reação, pois o uso de práticas da velha escola política lhes nega a outrora credibilidade do eleitor. Por outro lado, notam-se incoerências nas pesquisas que mostram, em caso de segundo turno, Bolsonaro perdendo, inacreditavelmente, para Ciro Gomes, Haddad e Alckmin. De qualquer forma, os analistas dos jornais televisivos se esforçam para explicar a queda de Haddad e se espantam com o crescimento de Bolsonaro. Não percebem que o caos econômico provocado e as ilicitudes praticadas pelos governos do PT, apoiados pela classe política que hoje sustenta Alckmin, Ciro, Marina e Álvaro, criaram no eleitor independente o profundo sentimento de mudança real. Por algum motivo, os jornalistas não sentem (ou se recusam a sentir) o exponencial crescimento da onda cívica de apoio ao candidato Bolsonaro.

Até o dia 7 de outubro o cenário certamente vai evoluir, com a divulgação do detalhamento da recém-delação do ex-ministro Palocci e com a homologação de ontem, pelo STF, da delação de Marcos Valério, colocando o PT no olho do furacão. Soma-se a isso, o início de maciça migração, para o líder das pesquisas, dos suportes políticos das inanimadas candidaturas. Há, portanto, concreta possibilidade de vitória de Bolsonaro no primeiro turno, considerando, obviamente, que as urnas eletrônicas são confiáveis, como propagam os ministros do TSE e do STF.

POBRE ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Anteontem, a Rede Globo promoveu o derradeiro debate entre os candidatos ao governo do Estado do Rio de Janeiro. Os candidatos são, invariavelmente, mais do mesmo, exceto para um ex-juiz de direito, e as propostas apresentadas se repetem, como nas últimas campanhas. A população deverá ser bafejada pela sorte para que as promessas sejam cumpridas. O eleitor do Estado do Rio de Janeiro novamente encontra-se sem qualquer razoável alternativa que sinalize solução para um Estado quebrado por incompetente gestão e incomparável padrão de corrupção. O debate se resumiu a ataques pessoais, em um nível assustadoramente rasteiro. Deprimente o gabarito da campanha para o governo do Estado do Rio de Janeiro.

 


Luiz Bittencourt é Presidente da LASB Consultoria. Engenheiro Metalúrgico pela UFF é Master of Engineering – McGill University – Montreal/Canadá e Pós Graduado em Comércio Exterior pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. e-mail: [email protected]


 

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