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PINGA FOGO: SEMPRE PODE PIORAR

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PINGA FOGO com Luiz Bittencourt

GERAÇÃO DE EMPREGOS

De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged, do Ministério do Trabalho, o Brasil gerou quase 116 mil empregos no mês de abril passado, melhor resultado para o mês de abril em cinco anos. No acumulado de 2018, a criação de emprego no país ultrapassou a marca de 336 mil vagas com carteira assinada. Outro relevante resultado foi a identificação de que oito setores econômicos apresentaram crescimento. É de se comemorar o desempenho da economia que, depois do desastre da nova matriz econômica, conseguiu equacionar suas herdadas deficiências e promover desenvolvimento, ainda que nanico, mas contínuo e consistente.

DINHEIRO TEM

A recuperação econômica em curso no Brasil deve reduzir a capacidade ociosa das empresas, gerar empregos (o que já é realidade), aumentar o consumo e terminar girando o círculo virtuoso. A inflação sob controle e a taxa palatável de juros se unem para fomentar o investimento produtivo. Diante dessa perspectiva que incorpora o crescimento do PIB em 2,5%, o Presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, anunciou ontem, em evento na FIESP, o desejo do banco em participar ativamente dessa fase de restauração da economia oferecendo crédito com prazos mais alongados para a indústria. Tudo isso acontecendo, à revelia das instituições.

RIO DE JANEIRO NA CONTRAMÃO

Enquanto os resultados confirmam a evolução da regeneração econômica do país, o Estado do Rio de Janeiro definha, mergulhado na lama que restou da incalculável corrupção que destruiu a economia do Estado e a dignidade de seus habitantes. A intervenção federal na segurança pública não avança e é difícil acreditar que não seja pela irrecuperável promiscuidade nas entranhas das instituições fluminenses. Ultrapassa a meia centena o número de policiais militares assassinados até ontem (18/05) revelando uma macabra estatística que desvenda a fragilidade dos agentes do poder público carioca. A debilidade oficial é certamente resultante da depravação instituída levando as organizações criminosas a serem mais bem informadas e aparelhadas do que os agentes públicos. A indigência do Estado possui incomparável capilaridade, aniquilando insubstituíveis instituições modelos como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro – FAPERJ, exterminando a expansão da ciência na região e comprometendo seriamente o desenvolvimento científico nacional. Não há palavras para descrever a situação catastrófica do Estado do Rio de Janeiro.

SEMPRE PODE PIORAR

Há um surto de Habeas Corpus concedidos pelo STF que intranquiliza o país. Ministro Gilmar Mendes continua sua sanha de libertador-geral, da qual se infelizmente orgulha, e parece ter contaminado o Ministro Marco Aurélio que ontem libertou o narcotraficante Antônio Márcio Araújo, condenado a 197 anos de reclusão, com efeito estendido a 11 membros da quadrilha. Parece haver um conluio entre os três poderes da República para desconsiderar, em todas as suas decisões, os interesses do país. Se o Brasil fosse um grupo empresarial que se permitisse chegar nessa situação de descalabro, certamente fecharia para balanço, retornando com uma reengenharia que reintroduzisse ética, comprometimento e princípios, aprofundando em sua gestão uma reformulação da governança, com ênfase em compliance e completa atualização de seus quadros, pois a vida é tocada por pessoas.

Luiz Bittencourt, Presidente da LASB Consultoria, é quem edita a coluna Política&Negócios. Engenheiro Metalúrgico pela UFF é Master of Engineering – McGill University – Montreal/Canadá e Pós Graduado  em Comércio Exterior pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.

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