RISCOS POLÍTICOS À INFRAESTRUTURA FERROVIÁRIA
O sistema político brasileiro abriga especiais aberrações, muitas das vezes danosas ao interesse nacional.
Uma delas é permitir que os Presidentes da Câmara Federal e do Senado Federal se lancem candidatos à Presidência da República e, ao mesmo tempo, se mantenham nos cargos. Com poderes e prerrogativas para pautar projetos e acelerar ou retardar tramitações, eles, até inconscientemente, passam a atuar por conveniência e deixam de cumprir a plenitude de suas funções.
Para assumirem candidaturas, sejam quais forem, os Presidentes das duas casas legislativas deveriam ser automaticamente exonerados da função para se dedicarem integralmente aos novos desafios políticos.
Atualmente, por exemplo, o país está correndo o risco de perder investimentos da ordem de R$ 83 bilhões, simplesmente porque o Senado Federal não renovou a Medida Provisória 1.065/2021, que autoriza a construção de ferrovias pela iniciativa privada, MP que vence na próxima sexta-feira, dia 29 de outubro.
A inexplicável morosidade promove insegurança jurídica e inviabiliza investimentos, penalizando a modernização da infraestrutura nacional.
Um desastre para o Brasil.
O país precisa se livrar dessas anomalias.
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