POLÍTICA
OPINIÃO
SEM REPRESENTATIVIDADE, CONGRESSO NACIONAL QUER COMANDAR DESTINOS DOS RECURSOS PÚBLICOS.
Desde a posse do atual governo, tem havido ruídos na sua comunicação com o Congresso Nacional. Tudo por conta de enormes diferenças entre os objetivos e entre as maneiras de atuar dos dois poderes.
Enquanto o novo governo inaugurou um modelo resistente ao conhecido “toma lá, dá cá”, o Congresso insiste em mantê-lo a qualquer custo.
Ao mesmo tempo, a imprensa, de tanto analisar suas negociações passou a entendê-lo como atitude normal. E o Brasil passou a ter dois blocos. Um que defende o “toma lá, dá cá”, composto por parlamentares e imprensa, e outro composto pelo executivo e pela sociedade que o repudiam.
A dobradinha acordada entre parlamento, com acordos internos ao Congresso, e imprensa está impedindo a concretização de ações importantes para o desenvolvimento nacional e levando, propositadamente, o presidencialismo
brasileiro à inanição.
MP’s de redução do DPVAT e de criação da carteira de estudante gratuita, por exemplo, foram levadas a caducar, por conchavos no parlamento para beneficiar interesses outros que não os do país.
Não há dúvida de que os interesses da sociedade e do executivo estão se
chocando com os do Congresso Nacional. Dicotomia inaceitável porque, em tese, o Congresso foi eleito para representar a sociedade.
Estamos novamente diante de um dos piores problemas do atual sistema político, a total ausência de representatividade.
O parlamento, para piorar a situação, se articula para controlar o orçamento impositivo, retirando do Executivo a prerrogativa de definir destinos de recursos públicos, transferindo-a para um parlamento, que definitivamente não representa os anseios da sociedade.
Sem ativa manifestação dos eleitores, o Brasil será tomado de assalto por grupos contrários às aspirações nacionais e, o passado recente de péssima memória, retornará paulatinamente com as já conhecidas desvantagens para o
cidadão.
O Congresso Nacional precisa entender que legisla para o Brasil e só nós, eleitores, somos capazes de deixar isso bem claro. Vamos, então, nos manifestar com clareza dia 15 de março próximo.