Não há solução. Entra administração, sai administração e a decadência que se instalou em Ibicuí ganha força.
Praia de belezas naturais e moradores simples e hospitaleiros é invadida nos feriadões, o que não falta no Estado do Rio de Janeiro, transformando suas ruas em estacionamento de dimensões incompatíveis com sua capacidade e em músicas acima dos decibéis permitidos por lei. Uma bagunça generalizada que ocorre pela falta de fiscalização, decorrente, por sua vez, do abandono a que Ibicuí foi condenada pelas administrações municipais.
Dessa vez ainda houve o engodo do controle no acesso à Ibicuí. Houve distribuição de panfletos orientando os visitantes sobre o que é proibido, mas a ausência de fiscalização eliminou o alerta. Para acessar Ibicuí havia, por mais incrível que possa parecer, um aparato de controle para permitir a entrada de moradores e de um número limitado de visitantes.
Sem rigor nas avaliações, os documentos eram mal comparados com os comprovantes de residência, transformando a verificação em uma farsa. Para piorar, esse “controle” só existia pela manhã, deixando descontrolado o acesso à Ibicuí na parte da tarde.
O resultado foi mais do mesmo. Elevada probabilidade de falta d’água, de falta de energia, ganhos para alguns poucos e enorme desconforto e baixa qualidade de vida para o morador de Ibicuí, aquele que vota e paga o IPTU.
A favelização de Ibicuí continua de vento em popa. Tudo como dantes no quartel de Abrantes.