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INFRAERO: UMA NOVA JORNADA – PARTE I

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INFRAERO: UMA NOVA JORNADA  – PARTE I

Por Aluízio Torrecillas, com colaboração de alguns empregados da Estatal.



 

Criada no início da década de 70, no mesmo período de outras tantas estatais, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária – INFRAERO assumiu a administração e operação dos principais aeroportos, ocupando o papel antes exercido pelo Departamento de Aviação Civil, ambos diretamente subordinados ao então Ministério da Aeronáutica, cuja autoridade sobre todos os assuntos relacionados aos aeroportos perdurou por cerca de 30 anos, período em que a estatal esteve sempre comandada por oficiais egressos da Força Aérea Brasileira.

A própria geografia do país continente e a limitação tecnológica dos aviões comerciais da época contribuíram para que cada Estado tivesse seu aeroporto internacional, já que a travessia do Atlântico Sul obrigava o pouso técnico em alguma capital nordestina, para reabastecimento, alguma manutenção e então o prosseguimento da viagem com segurança.

Era outro Brasil, inserido em um mundo dividido política e economicamente. Época em que a infraestrutura dos aeroportos das principais capitais brasileiras era deficiente em tudo, desde terminais de passageiros às condições adequadas de segurança operacional de suas pistas para o pouso da multiplicidade tipos de aviões em uso na aviação comercial.

Com esse pensamento, a INFRAERO seguiu cumprindo a missão para a qual fora criada.

Incorporou a Arsa – Aeroportos do Rio de Janeiro S.A, responsável pela administração de cinco aeroportos no Estado do Rião de Janeiro e mais tarde extinguiu e absorveu a Tasa – Telecomunicações Aeronáuticas, responsável pelas informações de segurança na aeronavegabilidade em todo o território nacional, tornando-se gigante na estrutura, mas aos poucos, perdendo o foco nas transformações do mundo em que a presença do Estado foi diminuindo velozmente.

A visão dos executivos, por doutrina ou por cultura, era institucional e, na ausência de concorrência, a empresa hegemônica ditava as regras no setor, sem perder o foco na necessidade de investimento para preparar o Brasil para o futuro. Assim, só construía aeroportos com prévio orçamento aprovado para manutenção.


GALEÃO, UM NOVO CARTÃO DE VISITA 

A Revista Veja, que tanto criticou a INFRAERO nos últimos anos, em 1977 publicou matéria  com direito a capa principal.


 

Mas, ‘o tempo não para’ e logo a indústria aeronáutica disponibilizou no mercado internacional, aviões mais econômicos, motores mais silenciosos e de maior economia, possibilitando os voos intercontinentais, sem necessidade de pouso para reabastecimento, além de transportarem um número maior de passageiros. E assim, os muitos aeroportos do Nordeste, principalmente, perderam sua importância estratégica para a aviação, já que não apresentava, o que atualmente não mais acontece, competitividade turística.

 

Aos poucos a INFRAERO, que se manteve como uma das maiores administradoras de aeroportos do mundo foi perdendo sua capacidade de investimentos, deixando de acompanhar as necessidades da virada do século, sendo então apontada como responsável por todas as dificuldades da aviação comercial, se perdendo sem reagir.

Em breve: INFRAERO: UMA NOVA JORNADA – PARTE II – A SAÍDA DOS MILITARES E O INÍCIO DA CRISE


 

Aluízio Torrecillas é consultor técnico, especializado nas áreas de relações públicas, atendimento ao público, ouvidorias, relacionamentos corporativo e institucional. Com formação em Administração – Gestão de Marketing e Comunicação, foi Gerente de Ouvidoria da INFRAERO de 2003 a 2012. Nasceu na Irmandade Santa Casa de Misericórdia, em Juiz de Fora-MG. contato: [email protected]

 


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