O The Washington Post, uma das maiores e mais prestigiadas publicações do mundo, recentemente jogou luz sobre algo já enraizado na cultura do Brasil.
Em uma longa reportagem, o jornal traz os reflexos da chamada Ditadura da Juventude, uma mentalidade opressora, cujos dogmas atingem sobretudo as mulheres, constrangidas a não aceitar as marcas e efeitos do envelhecimento natural de seus corpos.
Na matéria, somos descritos como um país obcecado por cirurgias plásticas, em que a maioria da população procura por esses procedimentos, o mais cedo possível, para se sentir jovem novamente.
Talvez o maior símbolo desse costume seja materializado nos cabelos brancos, ainda considerados quase que proibidos àquelas que continuem desejando se sentir belas, atraentes e, por vezes, até mesmo competentes.
Porém, um movimento vem desafiando essa cultura. Liderada por artistas, modelos, jornalistas e outros formadores de opinião, uma forte onda surgiu nas redes sociais, incentivando as brasileiras a assumirem seus fios platinados.
E são muitos os exemplos daquelas que, hoje, ostentam penteados grisalhos diversos, sem perder a elegância ou os cuidados com a própria imagem.
No momento em que vivemos, é importante ressaltar que, nesta questão, também entra um termo que muitos descobriram por agora: o etarismo. Ou seja, a suposição de que, se alguém alcançou determinada idade, está, consequentemente, de alguma forma impedido de voltar a frequentar uma faculdade, iniciar um novo emprego, relacionamento ou estilo de vida que se considere destinado exclusivamente aos mais jovens.
Diante do exponencial crescimento da expectativa de vida da população, devemos nos conscientizar. Não há longevidade saudável se o indivíduo não se sente abraçado pela sociedade. E, sobretudo, parte dela.
BELAS E PLATINADAS
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