As 18 espécies diferentes de pinguins podem variam em peso e tamanho, mas todas têm corpos negros e barrigas brancas. Este contra-sombreamento protector permite-lhes esconderem-se de predadores como focas leopardo e orcas enquanto nadam.

Embora não possam voar, as suas barbatanas rígidas, pés em forma de teia, e a sua forma elegante fazem deles nadadores experientes. De facto, os pinguins passam a maior parte das suas vidas no oceano e fazem quase toda a sua caça ao krill, às lulas e aos caranguejos debaixo de água. Podem nadar cerca de 25 quilómetros por hora, e quando querem nadar mais depressa, muitas vezes mergulham ou saltam para fora da água enquanto nadam.

Colónias de milhares (ou milhões)

Em terra, os pinguins têm uma posição vertical e tendem a balançar, saltar, ou correr com os seus corpos angulados para a frente. Os pinguins polares podem percorrer longas distâncias rapidamente “de tobogã”, ou deslizando sobre o gelo na barriga e empurrando para a frente com os pés. Se estiver frio, amontoam-se em grandes colónias que os protegem dos predadores e lhes proporcionam calor. Estas colónias consistem em milhares, ou até mesmo milhões, de pinguins.

Como se reproduzem

As fêmeas vêm a terra pôr os seus ovos e criar os pintos. A maioria delas fica com o seu companheiro por muito tempo e põe apenas um ou dois ovos de cada vez. Os pais revezam-se na tarefa de manter os ovos quentes, e quando estes eclodem, alimentam e protegem os nados. Durante algumas semanas por ano, milhares de aves bebés esperam em grupo enquanto os progenitores procuram alimento para as suas crias. Quando a mãe e o pai regressam, os pintos ouvem a frequência sonora única da sua chamada, permitindo-lhes reunir-se numa multidão grande e barulhenta.

Ao contrário de algumas aves cujas penas vão caindo aos poucos, os pinguins perdem-nas todas de uma só vez durante um processo chamado de “muda catastrófica”. Uma curiosidade: os pinguins não podem caçar sem as suas penas à prova de água.

Estão sob ameaça

Cerca de dois terços das espécies de pinguins estão listadas como ameaçadas na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza, o que as torna uma das aves marinhas mais ameaçadas. A perda de habitat, doenças, e doenças infecciosas disseminadas pelos turistas surgem como ameaças. A pesca comercial no Oceano Sul é também uma preocupação significativa, uma vez que reduziu a oferta de peixe em cerca de metade na Península Antárctica. Isto força muitos pinguins a competir por comida, e coloca-os em perigo de serem acidentalmente capturados por redes de pesca.

Entre as maiores ameaças às populações de pinguins estão as alterações climáticas. O aquecimento nas regiões polares derreteu o gelo marinho, do qual os pinguins dependem para encontrar comida e construir ninhos. A rápida mudança das condições significa que a Antárctida poderá perder a maioria dos seus pinguins devido às alterações climáticas até ao final do século. Para sobreviverem, os pinguins podem ter de se deslocar para novos habitats.

Fonte de pesquisa: Hoje é Dia Mundial do Pinguim. O que sabemos sobre esta ave? (nationalgeographic.pt)