BRASIL
Decorridos 90 dias oficiais do Covid-19 no Brasil, temos hoje, 27/05/2020, a seguinte fotografia:
INDICADOR | BRASIL | CHINA | EUA | ESPANHA | ITÁLIA | MUNDO |
ÓBITOS | 24.593 | 4.634 | 100.625 | 27.117 | 32.955 | 352.746 |
VARIAÇÃO DIÁRIA % | 4,8% | 0,0% | 0,8% | -0,6% | 0,2% | 1,5% |
TAXA DE MORTALIDADE | 109,3 | 3,3 | 300,4 | 542,3 | 549,2 | 45,8 |
Os indicadores relacionados no quadro possuem as seguintes unidades:
Óbitos: Número absoluto
Variação diária: Variação percentual entre o número total de óbitos registrados até ontem e até hoje
Taxa de mortalidade: óbito/milhão de habitantes
Hoje, nonagésimo dia, a taxa de mortalidade do Covid-19, no Brasil, ultrapassou os 109 óbitos por milhão de habitantes, enquanto a taxa mundial se manteve em 45 óbitos por milhão de habitantes.
Variações diárias no número de óbitos se reduziram, oscilando entre 0% e 1,5%, sendo que a variação brasileira aumentou de 3,2% para 5%.
São Paulo ontem alcançou 6.423 óbitos (26% do Brasil), seguido do Rio de Janeiro com 4.361 (18%), Ceará com 2.603 (11%), Pernambuco com 2.328 (10%), Pará com 2.469 ( 9%) e Amazonas com 1.852 (8%).
Dos 24.593 óbitos registrados no Brasil, os seis estados acima mencionados participam com 20.036 óbitos, representando 82% do total.
Dos 24.593 óbitos, os outros 21 estados, mais o Distrito Federal, participam com 4.557 óbitos, representando somente 18% do total.
Das 391.222 pessoas contaminadas no Brasil, 158.593 (41%) foram curadas e 208.117 (53%) estão em acompanhamento, sem risco de morte, consolidando 94% de recuperados no país.
No Brasil, para cada 16 pessoas infectadas, 15 pessoas são curadas ou colocadas fora de perigo. Considerando subdimensionado o número de infectados, a real relação acima é consideravelmente maior.
Atrasos nas notificações municipais e estaduais estão multiplicando por 10 os registros diários de óbitos e desvirtuando análises sobre a evolução do virus.
Exemplo dessa interferência registra o gráfico abaixo.
As curvas de óbitos de todos os países apresentam formatos semelhantes, exceto para o Brasil. Óbitos registrados ontem no Brasil, ocorreram há dez, doze dias.
ÓBITOS DIÁRIOS POR COVID-19 – MÉDIA DE TRÊS DIAS
Óbitos atuais são muito menores. Imprecisão nas informações resulta avaliações pobres e decisões equivocadas.
A distribuição dos casos por Estados da Federação revela considerável discrepância na atuação do vírus.
CASOS POR ESTADO DA FEDERAÇÃO
Nove Estados apresentam vírus mais ativo, enquanto todos os outros, a partir da Paraíba, revelam baixo dinamismo. Não faz sentido tratamentos semelhantes para esses dois grupos.
Avaliação do vírus de forma consolidada no país mostra que óbitos por doenças respiratórias registrados em cartórios no período de 01 de janeiro a 26 de maio de 2020 se equivalem aos óbitos ocorridos no mesmo período de 2019.
ÓBITOS POR DOENÇAS RESPIRATÓRIAS EM 2019 E 2020
Fonte: Transparência Registro Civil
Óbitos por Covid-19, obviamente ocorridos em 2020, são em menor número do que óbitos por pneumonia, por insuficiência respiratória, por septicemia, todos ocorridos também em 2020.
Atenta observação da comparação acima leva a conclusão de que, se há epidemia, não é de Covid-19.
Após três meses de intensa e injustificada paranoia, o cidadão começa a perceber que não há como continuar fugindo do vírus. O país será obrigado a conviver com ele, da mesma forma que convive com pneumonia, câncer, sarampo e até corrupção.
Por falar nela, ontem assistimos um novo capítulo da novela Covidão, recém-iniciada, mas de extrema ousadia.
Notícias divulgadas recentemente pela imprensa sobre superfaturamentos em hospitais de campanha e aquisição de respiradores para UTIs resultaram em investigações e ações de busca e apreensão envolvendo algumas autoridades do Estado do Rio de Janeiro, incluindo o governador do Estado.
Não surpreende. O Estado fluminense é hors concours no quesito corrupção. Esse é o quinto governador, eleito sequencialmente, a ser investigado por supostos ilícitos contra o erário.
O surgimento do Covid-19 foi providencial para o recrudescimento das atividades ilegais. O virus foi transformado em cúmplice e serviu de senha para o “estado de calamidade pública”, trazendo consigo o inestimável parceiro “dispensa de licitação”.
O fluminense, impotente por não ter a quem recorrer, também tem sua parcela de contribuição, pois vem elegendo, eleição após eleição, autoridades sem qualquer compromisso com o Estado. Essa atitude se agrava com a impunidade reinante, que facilita o saque aos cofres públicos e a inapetência por ações de desenvolvimento.
Em adição, há alguns equívocos em determinados conceitos herdados no Estado. Por exemplo, ao insistir em confundir “esperteza” com inteligência, o fluminense insere complicador no processo de resgate do Estado.
Com isso, o foco do Estado ficou restrito aos royalties do petróleo, decadente combustível fóssil, e ao turismo, alicerçado em belezas naturais (em degradação, por ausência de manutenção), carnaval, drogas e sexo. Comércio e serviços sobrevivem em ambiente aleatoriamente estruturado.
Há mais de meio século, essa é a agenda fluminense.
O Estado do Rio de Janeiro está falido, moral e financeiramente, e sua recuperação exige mais do que uma simples Operação Lava Jato.
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