ARTIGO
ALUIZIO TORRECILLAS
Não somente Brasília, mas todo o país vem aumentando sua frota de veículos em circulação, consequência do crescimento do poder aquisitivo e do acesso ao crédito pela população brasileira.
Todo exagero provoca inconveniências e a conquista do conforto não poderia ser exceção. Regra geral, toda região com alto poder de compra, onde cada membro da família possui um automóvel, tende a enfrentar problemas de estacionamento.
Atualmente, a solução do conforto se transformou em dificuldade para a população do Distrito Federal. Não se encontra espaço público para estacionar.
Esse problema precisa ser equacionado e resolvido pelo Governo do DF.
A primeira solução que se apresenta é a mais fácil: coloca-se um preço para cada estacionamento público, restringindo o uso do automóvel. Essa escolha faria sentido se o transporte público oferecido à população fosse eficiente.
Sabemos todos que não é.
Em adição, a inconveniência trará incontornáveis distúrbios para os moradores do Plano Piloto e adjacências, como Lago Sul, Lago Norte, Octogonal, Sudoeste, arredores de estações do Metrô-DF e do BRT, etc.
Primeira conclusão: sem transporte público eficiente, o GDF não deveria cobrar por estacionamento público.
Segunda conclusão: as ruas são bens de uso comum do povo e, como tal, não são propriedade de qualquer município.
A solução passa, obrigatoriamente, pelo investimento em mobilidade urbana.
Somos, incondicionalmente, contrários à cobrança de estacionamento em via pública.
Aluizio Torrecillas é Especialista em Relações Institucionais e Corporativas